Especialistas alertam para o enfarte agudo do miocárdio nas mulheres

8 de Março 2024

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) volta a consciencializar para o enfarte agudo do miocárdio. Sob o tema "O enfarte também é feminino!", a iniciativa surge no âmbito do Dia Internacional da Mulher.

Segundo Rita Calé Theotónio, presidente da APIC, “todos os anos mais de 10 mil portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio, uma doença cuja incidência continua a ser elevada. Com esta iniciativa pretendemos reforçar a consciencialização para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, com ênfase no enfarte agudo do miocárdio.”

“Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio, e não devem ser ignorados. Na presença destes sintomas, é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 – e esperar pela ambulância”, acrescentou.

Dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI) indicam que, em 2022, foram realizadas 4.361 angioplastias primárias, para o tratamento de enfarte agudo de miocárdio, em Portugal. Cerca de um quarto dos doentes tratados foram mulheres com uma média de idade de 69 anos, 25 por cento das quais fumadoras ou ex-fumadoras, e com um índice de massa corporal médio de 28 (excesso de peso).

De acordo com João Brum Silveira, Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life e da Campanha Cada Segundo Conta (APIC), “em Portugal, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser muito elevada. Esta realidade deve-se, essencialmente, ao estilo de vida que as pessoas levam. Os fatores de risco como hipertensão arterial, a dislipidemia, a diabetes, a menopausa, o tabagismo, o excesso de peso e o sedentarismo contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença. Além disso, também estamos constantemente sujeitos a elevados níveis de stress e de ansiedade, e as mulheres não são exceção”.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

PR/HN

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