“A Sra. Ministra da Saúde remeteu, esta semana, à Direção Executiva (DE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) um despacho a solicitar um conjunto de informação relacionada com as recentes alterações levadas a cabo pela DE-SNS, designadamente a reorganização das atribuições das diversas instituições do Sistema de Saúde, nomeadamente da Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS), da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde (SGMS) e ainda das Administrações Regionais de Saúde (ARS)”, respondeu o gabinete da ministra da Saúde à questão colocada pelo HealthNews.
O gabinete relembrou que o Estatuto do SNS, “aprovado pelo Decreto-Lei n.º 52/2022, de 4 de agosto, estabeleceu que o SNS é dirigido, a nível central, por uma DE e uma das atribuições dessa DE é ‘monitorizar o desempenho e resposta do SNS’”. “Tendo essa atribuição presente e com o objetivo de garantir a recolha de toda a informação relevante sobre a adoção das alterações em curso, a Sra. Ministra da Saúde solicitou à DE-SNS que, dentro de 60 dias, informe a tutela sobre o estado atual de todas estas mudanças”, acrescenta a nota enviada à nossa redação.
Foi dito ao HealthNews, esta sexta-feira, que a informação solicitada à DE-SNS prevê, entre outros elementos: “um relatório com as principais medidas adotadas pela DE-SNS; os documentos que sustentaram a proposta de reorganização das entidades públicas empresariais no modelo de organização e funcionamento em ULS, nomeadamente o parecer da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial, bem como uma análise SWOT sobre o desempenho dos cuidados de saúde primários no contexto das ULS; a identificação dos riscos – assistenciais, operacionais, logísticos e financeiros – decorrentes do processo de transição para o modelo de ULS; e informação sobre o modelo de contratualização/financiamento das ULS”.
A avaliação da sustentabilidade económico-financeira dos principais projetos a desenvolver pela direção executiva, “nomeadamente no que se refere à reorganização em modelo de ULS, a contratualização e a política de investimentos”, foi outro pedido da ministra – numa lógica de “atuação futura”.
O HealthNews contactou igualmente a Direção Executiva do SNS, solicitando comentário sobre o despacho e a reunião entre Fernando Araújo e Ana Paula Martins na semana passada, mas não obteve resposta até ao fecho desta publicação.
HN/Rita Antunes
0 Comments