Em comunicado, a seguradora disse que, “apesar do elevado interesse suscitado junto dos investidores, a Fidelidade e a Luz Saúde decidiram não avançar com a operação de colocação em bolsa da Luz Saúde”, anunciada no dia 10 de abril.
“A decisão foi tomada após cuidadosa avaliação das condições de mercado, caracterizadas pela instabilidade recente nos mercados de capitais, agravada pelas tensões no Médio Oriente. A volatilidade dos mercados atingiu níveis elevados e os principais índices bolsistas globais desvalorizaram, sistematicamente, nos últimos dias. Neste contexto, não se encontram reunidas as condições de mercado que permitam uma correta valorização do ativo”, justificou.
Na mesma nota, a Fidelidade disse que “reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade e crescimento a longo prazo do negócio da Luz Saúde e, como tal, continuará a avaliar opções geradoras de valor para o ativo, não existindo, contudo, qualquer pressão para a realização da operação em condições que não sejam consideradas as mais adequadas”.
Segundo a seguradora, esta abordagem permite “salvaguardar os interesses da Fidelidade, da Luz Saúde e dos seus ‘stakeholders’”.
Em 10 de abril, a Fidelidade anunciou a intenção de pedir admissão à Euronext Lisboa da Luz Saúde, prevendo realizar um aumento de capital de 100 milhões de euros.
Num comunicado nesse dia, o grupo indicou que esta intenção, “na sequência de decisão do seu acionista maioritário Fidelidade”, passava por “pedir a admissão à negociação das ações representativas do seu capital social na bolsa de valores Euronext Lisboa, no quadro da realização de uma projetada oferta pública de venda”.
Segundo o grupo, esta operação criaria “melhores condições para a continuada expansão e crescimento da empresa no setor da saúde”.
Além disso, “em paralelo com a prevista oferta pública de venda”, a Luz Saúde previa “realizar um aumento de capital de, aproximadamente, 100 milhões de euros, através da emissão de novas ações destinadas a investidores institucionais, tanto nacionais como internacionais”, indicou, uma operação para “apoiar o crescimento de longo prazo da Luz Saúde, mantendo, assim, uma estrutura de capital mais robusta”.
A Luz Saúde opera 29 unidades, incluindo hospitais, clínicas ambulatórias e uma residência sénior, segundo os dados divulgados pelo grupo, que garante que a empresa “chega a 75% da população portuguesa”.
LUSA/HN
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