Biden alegou que o antecessor criou “uma crise na saúde” para as mulheres em todo o país.
As ações de campanha de Biden na Comunidade de Hillsborough College, em Tampa, colocaram o Presidente no epicentro da última batalha contra as restrições ao aborto.
A proibição do aborto a partir das seis semanas no Estado entra em vigor em 01 maio, ao mesmo tempo que os eleitores da Florida se preparam para uma iniciativa eleitoral que consagraria a interrupção da gravidez na Constituição.
Biden disse que milhões de mulheres estão a enfrentar “sofrimento e crueldade”.
“Mas não é inevitável. Podemos parar isto. Quando votarem, podemos parar”, disse.
O Presidente procura capitalizar a insatisfação crescente contra as restrições ao aborto, não só para impulsionar a recandidatura ao cargo nos estados decisivos em que venceu em 2020, mas também para partir para a ofensiva contra Trump em estados onde o presumível candidato republicano venceu há quatro anos.
Um desses estados é a Florida, onde Biden perdeu para Trump por 3.3 pontos percentuais.
Na terça-feira, narrou as crescentes preocupações clínicas das mulheres nos dois anos desde que o Supremo Tribunal acabou com a proteção federal ao aborto.
“Há uma pessoa responsável por este pesadelo”, afirmou Biden. “E ele reconheceu e gaba-se disso — Donald Trump”, acrescentou o Presidente.
Biden referiu que Trump, que tem manifestado publicamente as suas opiniões sobre o aborto e tem dito ultimamente que é matéria para os estados decidirem, está preocupado que os eleitores agora o responsabilizem.
“Companheiros, a má notícia para Trump é que vamos responsabilizá-lo”, disse Biden.
Enquanto isto, os defensores no terreno dizem que o apoio ao acesso ao aborto afeta todos os partidos. Pretendem tornar a questão o mais apartidária possível, enquanto trabalham para obter pelo menos 60% de apoio dos eleitores para a iniciativa eleitoral.
LUSA/HN
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