Organizado pela Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, no contexto da Pós-Graduação em Medicina Dentária Digital, o congresso conta com palestrantes nacionais e internacionais que vão debruçar-se sobre o contributo da Inteligência Artificial (IA) para o tratamento de pacientes ou a gestão de consultórios, destacou Teresa Vieira e Brito.
Classificado como uma iniciativa “pioneira” em Portugal, a participação “ultrapassou as expectativas” e conta já com cerca de 300 inscritos, número que supera os 250 participantes esperados inicialmente e que ainda pode crescer até ao início do congresso, que tem abertura prevista para sexta-feira e se prolonga até sábado, salientou.
“Este congresso surge não só para divulgar tudo aquilo que se faz e se pensa que se possa fazer na área da Medicina Dentária com a IA, mas também criar limites ou questionar os limites éticos, deontológicos e a relação entre a parte humana e a parte tecnológica”, afirmou a especialista.
Teresa Vieira e Brito considerou que a IA pode “proporcionar um melhor planeamento e tratamento ao paciente” e o Congresso constitui-se como “um passo significativo para a área” e “um passo gigantesco para quem vai beneficiar de tudo aquilo que vai ser falado e tratado” durante o encontro.
“Nós vamos começar com a parte de uns colegas do IDDA, que é uma associação inglesa internacional também na área do digital, e que vai falar daquilo que é o futuro da Medicina Dentária”, antecipou, sobre o primeiro dia do programa, referindo-se à participação dos oradores Adam Nolty e Quintus Van Tonder.
Teresa Vieira e Brito destacou também a participação da portuguesa Margarida Henrique, que vai falar na importância da escolha de cor na Medicina Dentária, e de Fábio Guimarães, que tem empresas de radiologia no Brasil e tem aproveitado a inteligência artificial quer na sua área, quer na gestão de pessoal, de recursos ou do consultório.
“Vamos ter também o André Chen, que é um perito na área da reabilitação oral e vai, no fundo, falar sobre a potencialização das ferramentas nesta área. E depois vamos ter o João Fonseca, que tem um dos maiores laboratórios a nível da área do digital em Portugal”, acrescentou, salientando a importância do trabalho “pioneiro” deste último na implantologia digitalmente guiada.
O primeiro dia termina com Júlio Fonseca, que vai falar sobre as “potencialidades na área que mais domina, que é a área da dor orofacial”, culminando uma jornada com um programa “muito extenso, muito rico” tanto ao nível de gestão, aplicada ao consultório, aos recursos humanos ou à prática nessa vertente, assinalou.
“Depois, no dia seguinte [sábado], temos o Florin Cofar, que é uma referência mundial, quer pela sua habilidade na Medicina Dentária, na área da estética, como também por ser criador, por desenvolver, ferramentas e aplicações, como a ‘Smart Cloud’”, completou.
A especialista aproveitou para frisar a importância do trabalho deste orador “não só para planear o tratamento, como também na relação médico dentista-paciente”, ao ajudar a compreender melhor o que é proposto e qual será depois o seu resultado final.
Teresa Vieira e Brito acredita que estão reunidas as condições para Faro acolher durante dois dias um Congresso sobre a IA na Medicina Dentária “dos melhores que há no mundo” e para a organização lançar as bases de um evento regular no futuro.
LUSA/HN
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