Joana Cordeiro: “Preocupa-nos que o caminho que estava a ser feito volte a ser destruído”

10 de Maio 2024

A deputada da Iniciativa Liberal defendeu hoje que o país não pode andar para trás e para frente no que toca às reformas implementadas na Saúde. Em declarações ao nosso jornal, Joana Cordeiro lamentou que ainda não se conheça a posição do novo Executivo em relação à continuidade das ULS e da Direção-Executiva.

No âmbito da 13ª Conferência Valor APAH, Joana Cordeiro falou ao HealthNews sobre as principais preocupações da Iniciativa Liberal em relação às novas políticas de Saúde.

“Preocupa-nos que o caminho que estava a ser feito volte a ser destruído. A verdade é que passou pouco tempo (…) Não nos parece que parar tudo [a reforma das Unidades Locais de Sáude] seja positivo. Temos todo um ordenamento jurídico que é diferente.”

A deputada lamentou que ainda não se conheça a posição do novo Executivo em relação à continuidade de uma das maiores reformas do SNS – o alargamento das ULS.

“Ainda não percebemos o que é que a AD quer fazer com a Direção-Executiva do SNS e qual é a visão das ULS. Independentemente de ser ou não a grande reformas que o país precisava, é importante que o PSD diga o que é que vai fazer em relação a estas medidas. Temos uma atual ministra que saiu e que se demitiu da administração hospitalar do Santa Maria porque não concordava com o modelo das ULS… Queremos saber qual é a posição do governo. Ontem no debate vimos como ainda não há uma visão do PSD para a Saúde”, criticou.

Sobre o novo plano de emergência para a saúde, a responsável mostrou alguma preocupação. “O plano de emergência para a saúde seria apresentado sessenta dias após a tomada de posse do novo Governo. A verdade é que já passaram trinta dias e só há cinco é que ouvimos a notícia relativamente à nomeação do coordenador deste grupo de trabalho. Portanto, tudo isto é algo que nos preocupa.”

“Ontem tivemos um debate na Assembleia da República onde achávamos que ia haver um conjunto de ideias, medidas ou de propostas e a verdade é que esta discussão foi completamente vazia. Portanto, faltam trinta dias para que nos seja apresentado um programa de emergência e ainda não conhecemos quais são as propostas do Governo”, acrescentou.

A deputada lembra que existem medidas urgentes. “Temos de dar rapidamente um médico de família a todas as pessoas, reduzir as listas de espera para consultas e cirurgia e temos de resolver o fecho das urgências. Todas estas medidas são urgentes.”

O governo anunciou que no início do próximo mês iria ser apresentado o novo plano de emergência para a saúde.

HN/VC

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