APDP e IDF Europa apelam à ministra para defender uma abordagem conjunta às doenças cardiovasculares e à diabetes

4 de Julho 2024

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e a Federação Internacional da Diabetes - Europa (IDF Europa) saúdam o compromisso da Presidência Húngara do Conselho da União Europeia com a saúde cardiovascular, mas apelam à criação de um Plano Europeu para as doenças cardiovasculares (DCV) e a diabetes.

Em causa está a Conferência de Alto Nível sobre Saúde Cardiovascular, que se realiza esta quinta-feira, 4 de julho, em Budapeste, e para a qual foram convidados os principais especialistas, incluindo representantes da IDF Europa, para discutir o tema. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, foi convidada a participar na reunião.

A IDF e a APDP apelam diretamente à ministra da Saúde no sentido de ter em consideração que “a gestão eficaz da diabetes para reduzir o risco de complicações micro e macrovasculares exige uma ação abrangente e de grande alcance, incluindo o acesso precoce ao tratamento adequado no momento certo, juntamente com a capacitação das pessoas e a educação dos profissionais de saúde”.

“O compromisso de adotar medidas contra as doenças cardiovasculares é louvável, mas a adoção de uma abordagem isolada é incompatível com uma oportunidade verdadeiramente transformadora. A ligação entre a diabetes e as doenças cardiovasculares é irrefutável pelo que deve ser adotada uma abordagem conjunta sob a forma de um Plano Europeu que ofereça uma solução sustentada e global para a gestão de dois dos desafios de saúde mais prementes na Europa, diabetes e as doenças cardiovasculares”, defende João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP e membro do Board of Directors da IDF Europa.

A diabetes aumenta significativamente o risco de desenvolver complicações potencialmente fatais, sendo que um terço das pessoas com diabetes desenvolve DCV, principal causa de morte e incapacidade para pessoas que vivem com a doença.

“Se a diabetes fosse prevenida e gerida de forma eficiente, tal poderia resultar em menos 10 milhões de pessoas a viver e a morrer devido a DCV na União Europeia”, reforça José Manuel Boavida, presidente da APDP, acrescentando: “Ao abordarmos conjuntamente os pontos comuns entre as duas doenças, nomeadamente em termos de prevenção, juntamente com a adoção de abordagens e medidas adaptadas a cada uma, podemos reduzir a mortalidade, melhorar a vida dos cidadãos europeus e aumentar a resiliência dos sistemas de saúde em toda a UE.”

PR/HN

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