Ordem dos Médicos alerta para consequências do encerramento de serviços de urgência no país

2 de Agosto 2024

Em comunicado enviado para a redação, a Ordem dos Médicos apela ao Ministério da Saúde e à Direção-Executiva do SNS para encontrar soluções para fazer face ao encerramento dos serviços urgências no mês de agosto e setembro, de forma a evitar situações que coloquem em causa a qualidade dos cuidados de saúde prestados e a segurança das pessoas que recorrem a esses serviços.

Num fim-de-semana em que está previsto o encerramento de onze de serviços urgências no sábado e treze no domingo em todo o país, a Ordem dos Médicos alerta para a gravidade destas decisões e a consequente redução da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à população nas semanas que se aproximam.

A situação assume contornos de maior gravidade em locais como a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, onde existem constrangimentos no Serviço de Urgência Ginecológica/Obstétrica entre os dias 2 e 19 de agosto e onde, a partir do dia 5, não é disponibilizado qualquer atendimento urgente nesta área.

Para o Bastonário Carlos Cortes, “é inadmissível que ano após ano não sejam acautelados os fatores que contribuem para o encerramento de urgências, nomeadamente criando condições adequadas para atrair mais médicos para o SNS”. “Não podemos privar toda uma região de aceder às urgências obstetrícias durante 18 dias, obrigando as grávidas e doentes a deslocarem-se até Coimbra, que fica a mais duas horas de distância em alguns casos e ao Porto para situações de cuidados programados”, acrescentou.

O Bastonário exige que “as informações dos constrangimentos sejam divulgadas atempadamente à população e às corporações de bombeiros” e considera que “é preciso planeamento no tempo certo, porque não é novidade que o verão é um período delicado para o SNS, tal como o será o inverno”.

“São necessárias medidas urgentes que proporcionem boas condições de trabalho e que valorizem os médicos, contribuindo assim para a segurança dos doentes e evitando a degradação do SNS”, finalizou.

OM/HN

 

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