A carta é assinada por várias sociedades científicas, incluindo a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, a Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, o Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT), bem como associações de Psoríase e Insuficientes Renais.
Os signatários destacam a importância de garantir o investimento na prevenção da doença, como forma de assegurar a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. A carta enfatiza que a vacina contra a zona já faz parte do Programa Nacional de Vacinação de diversos países europeus, como Espanha, Itália, Grécia, Suíça, Luxemburgo, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Polónia, Alemanha, Eslovénia e Chipre, existindo recomendações para a sua utilização em 19 países europeus. Além disso, países como os EUA, Canadá e Austrália também possuem recomendações para a prevenção desta doença em populações vulneráveis.
Os especialistas alertam que a vacinação é fundamental para a resiliência do SNS, especialmente em tempos de crescente pressão nos cuidados agudos e na gestão de doenças crónicas. Com 22.000 casos de Herpes Zoster codificados em 2023 nos cuidados de saúde primários e 28.000 consultas relacionadas com a doença, os números revelam uma realidade preocupante. Cada dois dias, uma pessoa é internada devido à zona, com um custo médio de cerca de 3.000 euros por internamento, e 70% dos internados desenvolvem complicações graves.
A carta aberta apela, assim, à urgência da inclusão da vacina no PNV, sublinhando que a prevenção é a melhor estratégia para reduzir a carga sobre os serviços de saúde e melhorar a saúde da população portuguesa.
NR/PR/HN
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