Pedro Fino realçou que a segunda fase da obra (estruturas e espaços exteriores) deverá ser concluída no primeiro semestre de 2025 e afirmou que “os trabalhos decorrem normalmente”, com 38 empresas e um total de 538 trabalhadores no terreno.
O governante falava no âmbito de uma visita à obra de construção do novo hospital do Funchal, que contou com a presença do reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Fernandes, e do secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos.
De acordo com o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, a primeira e a segunda fase da obra custaram cerca de 100 milhões de euros, sendo que, para a terceira fase, a tutela ainda não tem “o valor apurado” devido à inflação e ao aumento dos custos.
“Contamos ter agora no mês de outubro ou novembro, de modo a podermos lançar [o concurso] até ao final do ano”, indicou.
Pedro Fino referiu que a terceira fase é a “que envolve os trabalhos com mais especificidade”, incluindo “as instalações técnicas especiais e os acabamentos”.
Haverá ainda uma quarta fase, da responsabilidade da Secretaria Regional da Saúde, para a aquisição dos equipamentos médicos, adiantou.
O novo Hospital Central e Universitário da Madeira, localizado na freguesia de São Martinho, deverá estar concluído em 2027 e tem uma área bruta de construção superior a 172 mil metros quadrados.
A unidade hospitalar terá seis pisos, 1.151 lugares de estacionamento, um máximo de 607 camas e prevê um investimento na ordem dos 352 milhões de euros, sendo comparticipado em 50% pelo Estado.
O Governo Regional admite, no entanto, que o valor final da obra deverá sofrer alterações devido à inflação.
Caso esse aumento se verifique, o executivo insular vai reivindicar que os 50% financiados pelo Estado se mantenham, sublinhou Pedro Fino, notando que essa foi a promessa do Governo da República.
Em declarações aos jornalistas, o reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Fernandes, salientou que fez esta visita à obra para “tomar conhecimento do espaço que vai ser adstrito” às atividades da universidade, referindo que serão 1.500 metros quadrados.
“Nós queremos programar com uma certa antecedência a ocupação desse espaço pela Universidade da Madeira, em conjugação com as atividades que vão ser cá desenvolvidas no hospital”, disse.
O secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, acrescentou que a partir de 2027/2028 “a totalidade do mestrado integrado em medicina será uma realidade na Região Autónoma da Madeira”, indicando igualmente que deverá ter início a licenciatura em Ciências Farmacêuticas.
Além disso, o novo hospital terá equipamentos que não existem na Madeira, nomeadamente para efetuar tratamentos nas áreas da ginecologia e de cirurgia geral, deixando de ser necessário transferir os doentes para o continente, indicou.
LUSA/HN
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