O Instituto Politécnico de Leiria celebrou na última quarta-feira, 16 de outubro, o Dia do Bem-Estar e Felicidade nas Organizações, reunindo dezenas de professores, investigadores e colaboradores técnicos e administrativos. O evento, que se inseriu no âmbito do programa SaudávelMente, incluiu debates, workshops e palestras dedicados ao tema do bem-estar e da felicidade em contexto laboral, visando promover a reflexão e ação individual e organizacional.

Carlos Rabadão, presidente do Politécnico de Leiria, enfatizou a importância de criar uma cultura de felicidade e bem-estar organizacional, não apenas pelos benefícios a curto prazo, mas como preparação para um futuro mais sustentável e inovador. Rabadão reafirmou o empenho da instituição em promover a saúde física, mental e emocional de todos os colaboradores e estudantes.

O programa SaudávelMente, lançado em 2023, já contou com a participação de mais de duas centenas de colaboradores em diversas atividades, incluindo sessões sobre postura corporal no trabalho, longevidade, preparação de refeições saudáveis e económicas, e mediação no trabalho.

Carolina Henriques, pró-presidente para a área da Saúde, Qualidade de Vida e do Bem-Estar, destacou os esforços realizados nos últimos dois anos para desenvolver uma cultura organizacional de bem-estar. Entre as iniciativas, mencionou o reforço da equipa de saúde operacional, as ações de team building, a formação em voluntariado e responsabilidade social, e a implementação do novo Plano para a Igualdade de Género e Inclusão e Não Discriminação.

Um dos pontos altos do evento foi a apresentação dos resultados da primeira avaliação dos riscos psicossociais no Politécnico de Leiria, realizada no âmbito da campanha ‘Locais de Trabalho Saudáveis’ da Ordem dos Psicólogos Portugueses. A avaliação, baseada no Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ II), revelou que os colaboradores da instituição apresentam níveis de risco psicossocial dentro das médias nacionais.

Graça Seco, coordenadora da equipa de psicólogos responsável pela avaliação, identificou como principais riscos psicossociais as exigências cognitivas, emocionais e o ritmo de trabalho, transversais a todas as carreiras. Em resposta, foram propostas 36 medidas mitigadoras, abrangendo Fatores de Risco, Fatores Protetores e Fatores de Saúde.

Entre as medidas propostas destacam-se a promoção de rotatividade nas tarefas complexas, formação para novos docentes sobre metodologias de ensino e gestão, formação em gestão do tempo, e a criação de uma bolsa de decisões ou boas práticas para apoiar as chefias na gestão dos recursos humanos.

O questionário COPSOQ II foi enviado aos 1.486 colaboradores da instituição, tendo recebido 622 respostas. Com este estudo, o Politécnico de Leiria visa reduzir o impacto dos riscos psicossociais e promover um ambiente de trabalho mais saudável e com maior bem-estar para todos os seus membros.

PR/HN/MMM