Um estudo recente demonstrou a eficácia duradoura do projeto FAST Heroes 112 na consciencialização sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os resultados revelam que, mesmo após quatro anos sem qualquer reforço de informação, os avós conseguem recordar os principais sintomas desta condição médica e sabem como agir em situação de emergência.
A iniciativa, que está no seu quarto ano consecutivo em Portugal, já alcançou mais de 120 escolas e agrupamentos, utilizando uma abordagem inovadora que transforma crianças entre os 5 e os 10 anos em embaixadores de conhecimento junto das suas famílias, especialmente dos avós.
O AVC mantém-se como principal causa de morte e incapacidade em Portugal, com estatísticas alarmantes: três portugueses sofrem um AVC por hora, sendo que um deles não sobrevive. O risco ao longo da vida é significativo, com uma em cada quatro pessoas acima dos 25 anos em risco de sofrer um AVC.
O projeto FAST Heroes 112 disponibiliza recursos educativos interativos gratuitos, apresentando quatro super-heróis que ensinam as crianças a identificar os principais sintomas: Francisco (face), Fernando (força) e Fátima (fala), além de Tomás, que representa o tempo e a importância da rapidez na resposta. No segundo ano, é introduzida a personagem Tânia, que incentiva as crianças a partilharem o conhecimento.
O estudo publicado na Front Public Health, baseado num questionário a 45 participantes, confirmou a retenção do conhecimento sobre sintomas cruciais como a fraqueza nos braços e a fala arrastada. Embora tenha havido alguma diminuição na lembrança da face descaída como sintoma, houve melhoria na compreensão das ações necessárias em caso de emergência.
A iniciativa, desenvolvida pela Universidade da Macedónia, conta com apoios importantes, incluindo a Organização Mundial de AVC, a Sociedade Portuguesa do AVC, a Direção-Geral da Educação e a Iniciativa Angels. O projeto está disponível em várias línguas através do website fastheroes.com, onde professores e famílias podem registar-se para participar.
PR/HN/MMM
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