Projeto sobre memória social no envelhecimento vence Prémio MSD

15 de Dezembro 2024

Investigação do ICVS da Universidade do Minho sobre o impacto do envelhecimento na memória social ganha 6ª Edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde.

O projeto “Memória Social e Respetivo Substrato Neural no Envelhecimento”, liderado pelo Dr. Torcato Meira do ICVS – Life and Health Sciences Research Institute da Universidade do Minho, foi anunciado como vencedor da 6ª Edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde. Esta investigação pioneira visa compreender como o envelhecimento afeta a memória social e o papel do hipocampo nesse processo.

A memória social, crucial para as interações e relações interpessoais, ainda não foi estudada no contexto do envelhecimento, representando uma lacuna significativa na compreensão dos processos cognitivos em idosos. O projeto pretende preencher esta lacuna numa sociedade em envelhecimento, onde a cognição é fundamental para a independência funcional dos idosos.
A hipótese central sugere que o envelhecimento está associado a um declínio da memória social devido a alterações no volume e funcionalidade do hipocampo, bem como a lesões na substância branca cerebral. A investigação utilizará um ambiente virtual para explorar a memória social em idosos, recorrendo a imagens de ressonância magnética para monitorizar a atividade do hipocampo durante interações sociais virtuais.

Além disso, o estudo avaliará o impacto de antidepressivos na memória social, abrindo caminho para futuras intervenções terapêuticas focadas no envelhecimento saudável e na manutenção da cognição social em idosos.

O Prémio MSD de Investigação em Saúde, criado pela MSD Portugal em 2019, visa reconhecer e apoiar projetos inovadores desenvolvidos por equipas de médicos internos e especialistas, com potencial impacto na melhoria dos cuidados de saúde em Portugal.

Nesta edição, foram também atribuídas duas Menções Honrosas. O projeto “Rastreio do Cancro do Colo do Útero Baseado em Auto-Colheita”, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, propõe uma abordagem inovadora para aumentar a adesão ao rastreio, incluindo o envio de kits de autoteste para casa e a disponibilização de recursos de apoio online e telefónico.

O projeto “Determinantes da Recuperação de Surtos na Esclerose Múltipla”, da Associação de Neuroimunologia do Sistema Nervoso Central, pretende ser o primeiro estudo a avaliar prospectivamente biomarcadores séricos específicos e a analisar a sua relação com a recuperação e incapacidade decorrente de surtos na esclerose múltipla, visando identificar doentes com maior risco de incapacidade e orientar intervenções terapêuticas mais eficazes e personalizadas.

PR/HN/NB

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