Um em cada três veículos de emergência do INEM estavam na oficina em outubro

21 de Dezembro 2024

Um em cada três veículos de emergência médica do INEM estavam parados na oficina em outubro, segundo a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que destaca a antiguidade da frota.

Segundo o projeto do relatório da auditoria pedida pela ministra da Saúde à IGAS, a que a Lusa teve acesso, a frota de emergência médica do INEM era no início de outubro composta por 524 veículos, 170 dos quais estavam na oficina, o que representa 33%.

Dos 524 veículos de emergência médica,76,7% têm data de matrícula até 2015 (inclusive), refere a IGAS, para quem a antiguidade da frota, bem como a utilização em condições bastante exigentes, “causa constrangimentos operacionais e aumento da despesa pública”, tendo em conta a frequência e o valor da reparação e manutenção.

No período em análise, o Serviço de Helitransporte de Emergência Médica esteve operacional em 97,30 % das horas de funcionamento previstas.

A IGAS refere, contudo, que o tempo de inoperacionalidade aumentou no período entre 2021 e o final do primeiro semestre deste ano. Para isto contribuíram fatores como a avaria de aeronaves e de equipamentos, inspeção, manutenção, limpeza e troca de aparelho, assim como a falta de tripulação, ou seja, de equipa médica (médico e enfermeiro) e de piloto e o excesso de horas de voo.

A IGAS diz ainda que não ficou evidente “a realização de uma análise periódica das horas de indisponibilidade do serviço de helicópteros de emergência médica e dos respetivos motivos”, de modo a que possam ser ponderadas “medidas mitigadoras”, bem como a informação possa ser considerada na preparação dos procedimentos de contratação pública relativos a estes serviços.

A auditoria avaliou quatro grandes áreas: meios de emergência médica, compras públicas, formação profissional e atração e retenção de trabalhadores em áreas críticas.

O projeto de relatório da auditoria, que ficou concluído hoje, vais ser remetido ao INEM, para o exercício do contraditório, tendo a IGAS emitido 44 recomendações.

L/HN

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