Uma equipa de investigadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, conseguiu identificar pela primeira vez pelo menos três subtipos distintos de osteossarcoma, um raro tipo de cancro ósseo. Esta descoberta, anunciada a 20 de dezembro de 2024, promete revolucionar os ensaios clínicos e o tratamento de pacientes, principalmente crianças e adolescentes, que são os mais afetados por esta doença.
O estudo, financiado pela organização de caridade Children with Cancer UK, utilizou modelação matemática avançada e aprendizagem automática, através de um método chamado “Latent Process Decomposition” (LPD), para categorizar os pacientes com osteossarcoma em diferentes subgrupos com base nos seus dados genéticos. Até agora, todos os pacientes eram tratados da mesma forma, resultando em desfechos muito variados.
O Dr. Darrell Green, autor principal do estudo e investigador da Faculdade de Medicina de Norwich da Universidade de East Anglia, explicou que desde a década de 1970, o osteossarcoma tem sido tratado com quimioterapia não direcionada e cirurgia, muitas vezes resultando em amputação de membros e efeitos colaterais graves e duradouros da quimioterapia.
A nova investigação descobriu que em cada um dos ensaios clínicos internacionais anteriormente considerados “fracassados”, houve uma pequena taxa de resposta (cerca de 5 a 10%) ao novo medicamento, sugerindo a existência de subtipos de osteossarcoma que responderam ao novo tratamento.
Os investigadores esperam que, no futuro, o agrupamento de pacientes usando este novo algoritmo possa resultar em desfechos bem-sucedidos em ensaios clínicos, pela primeira vez em mais de meio século. Quando os pacientes puderem ser tratados usando medicamentos direcionados específicos para o seu subtipo de cancro, isso facilitará o abandono da quimioterapia padrão.
A Dra. Sultana Choudhry, Chefe de Investigação da Children with Cancer UK, enfatizou a importância deste tipo de investigação pioneira para melhorar as chances de sobrevivência de cada criança com cancro.
O estudo também revelou que a taxa de sobrevivência para o osteossarcoma tem estagnado em torno de 50% nos últimos 45 anos, principalmente devido à falta de compreensão dos diferentes subtipos da doença e como o sistema imunológico ao redor do tumor o afeta.
Apesar das limitações do estudo, como o pequeno conjunto de dados para o desenvolvimento do modelo LPD e dados clínicos incompletos na coorte de validação, o método LPD provou ser confiável, identificando subgrupos consistentes de osteossarcoma em quatro conjuntos de dados independentes.
Esta descoberta representa um passo significativo na busca por tratamentos mais direcionados e menos agressivos para o osteossarcoma, oferecendo esperança para pacientes e famílias afetadas por esta forma rara de cancro ósseo.
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