Reabilitação de centro de saúde destruído em Moçambique vai custar 52.000 euros

6 de Fevereiro 2025

A reabilitação do centro de saúde de Namicopo, na província de Nampula, destruído por populares durante as manifestações pós-eleitorais, vai custar 3,5 milhões de meticais (52 mil euros), avançou o governo local.

“Vão começar as obras nos próximos sete dias. Do levantamento que fizemos, só para a construção, o custo anda na ordem de 3,5 milhões de meticais”, disse o governador de Nampula, Eduardo Mariamo, citado hoje pela comunicação social.

A reconstrução vai levar 90 dias e os fundos serão desembolsados por parceiros nacionais e internacionais, numa operação em coordenação com o município da cidade de Nampula.

O centro de saúde, que atendia em média diária mais de mil pacientes, foi vandalizado em 23 de dezembro de 2024, no dia em que Daniel Chapo foi proclamado o quinto Presidente moçambicano.

“Isto pareceu uma tentativa de enfraquecer o Estado e de enfraquecer o povo moçambicano. Se virmos a forma como foi cometido o ato veremos que ultrapassa qualquer ação política”, declarou o governador, que também avançou que será reabilitada o posto policial local, vandalizado no mesmo contexto.

Com 81.844 habitantes, segundo o censo de 2017, Namicopo é o bairro mais populoso da província de Nampula.

Moçambique vive um clima de forte agitação social, protestos, manifestações e paralisações, convocados por Venâncio Mondlane, que não aceita os resultados eleitorais.

Confrontos entre a polícia e manifestantes já provocaram pelo menos 327 mortos, e cerca de 750 feridos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.

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