Em comunicado, a Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) manifesta-se veementemente contra a proposta da Secretária de Estado da Saúde que visa permitir a prescrição de medicamentos por farmacêuticos em situações clínicas ligeiras. A organização argumenta que esta medida pode comprometer a qualidade dos cuidados de saúde e a segurança dos utentes.
A USF-AN defende que todos os cidadãos têm direito a um diagnóstico rigoroso e a um plano terapêutico fundamentado, realizado por médicos devidamente qualificados. A associação enfatiza o papel crucial das Unidades de Saúde Familiar (USF) nos Cuidados de Saúde Primários, destacando a sua capacidade de proporcionar acessibilidade, continuidade assistencial e um acompanhamento próximo aos utentes.
A organização alerta para os riscos potenciais da criação de vias paralelas de prescrição, que podem fragmentar o acompanhamento dos utentes e comprometer a coordenação dos cuidados. A USF-AN reafirma o seu compromisso com o fortalecimento dos Cuidados de Saúde Primários e do modelo USF-B, apelando ao Ministério da Saúde para que reconsidere as suas prioridades.
A associação também faz referência a experiências semelhantes no Reino Unido, onde a privatização de serviços públicos resultou num aumento da mortalidade tratável, conforme demonstrado por um estudo publicado na conceituada revista “The Lancet”.
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