Uma equipa de investigação liderada pela Universidade Metropolitana de Osaka descobriu uma estirpe de E. coli em produtos lácteos egípcios idêntica à que causou um surto de intoxicação alimentar em escolas japonesas em 2021. O estudo, publicado no International Dairy Journal, analisou 210 amostras de leite cru, queijo e iogurte no Egito, revelando que 26,2% estavam contaminadas com E. coli.

A prevalência mais elevada foi encontrada no leite de búfala cru, com 68% das amostras contaminadas, enquanto o rayeb, um tipo de leite fermentado, apresentou a menor taxa de contaminação, com 7,5%. Os investigadores atribuem estes resultados à preferência por leite cru em detrimento do pasteurizado e às condições de higiene variáveis em pequenas queijarias e mercados.

O Professor Shinji Yamasaki, da Escola de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias e figura proeminente no Centro Internacional de Investigação de Doenças Infeciosas de Osaka, destacou que esta estirpe de E. coli é considerada um novo patógeno que não se enquadra em nenhuma categoria existente. A equipa espera que esta investigação contribua para o desenvolvimento de métodos eficazes de tratamento e prevenção.

O caso de intoxicação alimentar ocorrido na Prefeitura de Toyama, no Japão, em 2021, afetou mais de 1.800 crianças em 25 escolas devido ao consumo de leite contaminado. Este incidente sublinha que mesmo países considerados extremamente higiénicos não estão imunes a problemas de segurança alimentar.

ReferÊncias: Journal: International Dairy Journal
Title: Prevalence of potentially pathogenic and antimicrobial-resistant Escherichia coli in raw milk and dairy products in Egypt
DOI: 10.1016/j.idairyj.2024.106145
Author(s): Asmaa M. Elbastawesy, Sharda Prasad Awasthi, Noritoshi Hatanaka, Atsushi Hinenoya, Atsushi Iguchi, Rabee A. Ombarak, Azza M.M. Deeb, Shinji Yamasaki
Publication date: 4 December 2024
URL: https://doi.org/10.1016/j.idairyj.2024.106145

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