O comunicado, datado de 7 de março de 2025, destaca que o modelo C não se rege pelos mesmos princípios que o modelo B, que está implementado nos Cuidados de Saúde Primários desde 2006 e tem demonstrado capacidade de resposta às necessidades dos utentes.
A FNAM argumenta que as USF modelo C, de natureza privada, deveriam ser complementares às USF modelo B, mas observa com preocupação a promoção da iniciativa privada no sector da saúde. O comunicado alerta que esta abordagem poderá resultar na saída de médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o sector privado, agravando a já crítica situação de falta de médicos de família no SNS.
A FNAM critica também o processo de recrutamento de médicos de família, que, segundo a Federação, não é realizado de forma imediata após a formação, permitindo que muitos profissionais sejam direcionados para o setor privado. Este cenário, conforme a FNAM, pode impedir a renovação geracional de médicos nos Cuidados de Saúde Primários, promovendo o lucro em detrimento da qualidade dos cuidados prestados.
A Federação exige uma política de rigor e transparência, defendendo um investimento claro e inequívoco nas USF modelo B e no SNS, como forma de garantir a saúde pública e a satisfação dos utentes e profissionais de saúde.
NR/FNAM/HN
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