Liga Portuguesa Contra o Cancro alerta para atrasos no acesso ao tratamento oncológico no SNS

18 de Abril 2025

No Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, a Liga Portuguesa Contra o Cancro alerta para os atrasos nos tempos máximos de resposta garantidos no SNS, que comprometem a cura, o tratamento e a dignidade dos doentes oncológicos em Portugal.

No contexto do Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, assinalado hoje, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) reforça o alerta para os atrasos significativos no acesso ao diagnóstico e tratamento oncológico no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Segundo dados recentes, o ano de 2024 terminou com mais de 8.600 doentes oncológicos à espera da primeira consulta, sendo que quase 80% destes já tinham ultrapassado o tempo de espera recomendado. Os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) estipulam que casos muito prioritários devem ser atendidos em sete dias, prioritários em 15 dias e normais em 30 dias, mas o incumprimento destes prazos mantém-se elevado e persistente.

A LPCC sublinha que a demora no acesso não é apenas um problema estatístico, mas uma realidade que afeta diretamente as hipóteses de cura, a qualidade de vida e a dignidade dos doentes. Nos casos oncológicos, o tempo de espera pode ser decisivo para a sobrevivência e para a qualidade de vida dos pacientes. Apesar de alguns avanços, como o aumento do cumprimento dos prazos nos casos muito prioritários, a maioria dos doentes continua a enfrentar atrasos preocupantes.

A Liga apela a uma ação concertada entre as autoridades de saúde e o Governo, defendendo que a redução dos tempos de espera é fundamental para garantir o respeito pelos direitos dos doentes oncológicos e o acesso a cuidados de saúde de qualidade, atempados e humanizados. A instituição recorda ainda que, em 2024, apoiou quase 23 mil doentes, reforçando a importância do apoio social, psicológico e material a quem enfrenta o cancro em Portugal.

A LPCC, associação sem fins lucrativos e de utilidade pública, mantém como missão o apoio ao doente oncológico e família, a prevenção primária e secundária, bem como a promoção da investigação e formação em oncologia, continuando a desempenhar um papel central na defesa dos direitos dos doentes e na melhoria do sistema de saúde nacional

PR/HN/MM

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Rafaela L. Miranda: Medical Doctor, MD: Medicina Geral e Familiar; Medicina Estética; Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

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