A angústia (stresse) não está identificada como um problema de saúde mental, ainda que seja uma resposta natural a um evento negativo na vida do paciente. Experiências destas são comuns na vida mais avançada e podem causar tal resposta.
A investigação publicada na BMC Family Pactice determina os mecanismos utilizados pela população mais velha que se identifica como angustiada e tenta clarificar o papel dos cuidados primários no apoio aos indivíduos que decidem recorrer aos serviços de saúde.
A Dr.ª Alice Moult, da faculdade de medicina da Universidade de Keele, e o Dr. Tom Kingstone juntamente com a professora Carolyn Chew-Graham da Escola de Cuidados Primários, Comunitários e Sociais, conduziram entrevistas a adultos mais velhos que se identificavam como angustiados e determinaram que várias formas de perda, tal como a perda de mobilidade, foram um dos principais combustíveis do seu stress.
Estas pessoas são ativas em tentativas de melhorar o seu estado de espírito, já que alguns dos entrevistados descrevem entre algumas das suas técnicas para lidar com estes sentimentos a procura de contacto social, a inclusão em grupos sociais e idas à igreja. Ainda assim, parece pouco comum que os idosos recorram ao seu médico de família quando assolados por sentimentos de angústia ou stresse, com apenas alguns dos entrevistados a recorrer a esta opção assumindo a falta de tratamentos aceitáveis já que se recusavam a tomar medicação ou a participar em terapias. Ficou provado que a persistência deste tipo de sentimentos deva ser razão para recorrer ao médico de família.
Para ajudar a aliviar o stresse, os investigadores sugerem que os clínicos gerais discutam a causa dos sintomas e que sugiram um leque de opções, incluindo técnicas de auto gerir esses sentimentos, o uso de receitas sociais através da sinalização de idosos nos serviços locais, e o uso de medicação ou terapias.
Segundo Dr.Moult: “Esperamos que esta pesquisa pudesse chamar a atenção para os profissionais de saúde no papel que desempenham na ajuda aos idosos mais angustiados. Esperamos que estes dados possam também providenciar um olhar valioso sobre o facto de estratégias de autogestão se provarem ineficazes e que é necessário informar sobre os desenvolvimentos em soluções alternativas”.
NR/HN/João Daniel Ruas Marques
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