O Conselho de Defesa e Segurança Nacional, presidido por o Presidente, Emmanuel Macron, reuniu na noite de sexta-feira e tomou novas medidas para “acelerar o desconfinamento, tendo em conta a evolução satisfatória da pandemia no território metropolitano e o bom nível de preparação do país”.
Após a reunião do conselho, o primeiro-ministro, Édouard Philippe, anunciou, através de um comunicado, que “a abertura de cinemas, centros de férias, casinos e salas de jogos” acontecerá a partir de segunda-feira, dia 22.
A partir da mesma data, serão permitidos novamente desportos em equipa, “com medidas de prevenção adaptadas a diferentes categorias de atividades”, embora os desportos de combate continuem proibidos até que seja feita uma revisão antes de setembro.
Outra medida saída do Conselho de Defesa e Segurança Nacional é a reabertura dos estádios de futebol e das pistas a 11 de julho, altura em que está previsto o fim do estado de emergência sanitária em França.
Nesta altura, os estádios e pistas voltarão a receber público até uma capacidade máxima de cinco mil espetadores, pelo menos no início, até 01 de setembro, depois a medida é novamente avaliada.
As salas de espetáculo também podem reabrir nesta data, embora tenham a restrição de 1.500 espetadores e, sempre que o número seja superior, deverão fazer uma declaração prévia para que se possa garantir o respeito pelas precauções sanitárias.
O fim do estado de emergência dita também o início da autorização de cruzeiros fluviais e coordenará com os países europeus a avaliação do regresso dos cruzeiros marítimos, desde que não ultrapassem o limite de passageiros.
Édouard Philippe anunciou que em setembro, após as férias de verão, será estudada a abertura de feiras, exposições e salões, assim como discotecas e cruzeiros internacionais, tudo isto, “sob reserva de uma nova evolução da situação epidemiológica”.
Nos próximos dias, disse, o Governo apresentará a sua estratégia de resposta, focada em proteger as pessoas mais vulneráveis, sem recorrer a um confinamento geral na eventualidade de uma segunda onda pandémica.
Os últimos indicadores do departamento de Val d’Oise (a norte de Paris) são a principal preocupação entre as autoridades que levou a uma campanha massiva de testes, cujos resultados são esperados este fim de semana.
Na sexta-feira, a França informou que, nas últimas 24 horas, registaram nos hospitais 14 mortes por covid-19, o que eleva para um total de 29.617 óbitos desde o início da pandemia, enquanto o número de hospitalizados caiu para 10.000, pela primeira vez em três meses.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 456 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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