Numa nota de repúdio, os médicos manifestam “profundo descontentamento” com o caso, que ocorreu na terça-feira, no Hospital Geral de Benguela, com o médico António Dungula, que foi chamado a socorrer uma paciente devido ao agravamento do seu estado de saúde.
“Com muita tristeza, não houve êxitos no processo de ressuscitação cardiopulmonar, levando a mesma a óbito”, refere a nota, salientando que era responsabilidade do médico que assistiu a vítima de informar os familiares sobre o ocorrido.
“O Dr. Caluasse não fez diferente, e, portanto, mal informava a família, estes partiram para agressão moral e física contra o médico, culminando com traumatismo facial”, salienta a nota.
Pelo facto, sublinham os médicos, o Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (Sinmea) em Benguela veio “repudiar veementemente tal ato, com tamanha indecorosidade por parte de quem o pratica”.
“Por esta razão, decide-se a paralisação dos serviços médicos, a partir do dia 24 até dia 27, garantindo os serviços de urgência. Em solidariedade ao colega e por outros casos que têm sucedido”, lê-se na nota.
Os médicos pedem às entidades competentes agilidade e seriedade no cumprimento da punição aos agressores.
“Caso não se efetue justiça como tal, pretendemos partir para atitudes mais rigorosas aumentando o tempo de paralisação sem data determinada”, afirmaram os médicos.
LUSA/HN
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