“Concluímos que os benefícios da vacinação de adolescentes são maiores do que eventuais riscos dos efeitos adversos, então vamos retomar a imunização deste grupo”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
“Todas as linhas de investigação apontam que não há relação entre a vacinação de adolescentes e o óbito de um jovem em São Paulo. Por isso, decidimos que é seguro retomar a imunização de adolescente no Brasil”, acrescentou a tutela da Saúde na rede social Twitter.
Num momento em que vários estados brasileiros já se encontravam a vacinar adolescentes entre 12 e 17 anos, em 16 de setembro o Ministério da Saúde recomendou a suspensão da vacinação contra a Covid-19 de adolescentes, devido a uma alegada “desordem” existente em algumas regiões, que anteciparam a imunização dos jovens face à data inicialmente agendada.
Dessa forma, a tutela restringiu a recomendação de vacinação apenas a adolescentes com deficiência permanente, com patologias ou que estivessem privados de liberdade.
Na ocasião, o Ministério da Saúde apontou que cerca de 3,5 milhões de adolescentes já tinham sido vacinados em vários estados do país, havendo suspeitas de mais de mil “reações adversas”, além de uma morte, cuja relação com a vacinação está sob investigação.
Contudo, a Secretaria da Saúde de São Paulo anunciou logo depois que a vacina da Pfizer, a única aprovada no país para administração em adolescentes, não foi a causa provável do óbito de uma adolescente de 16 anos em São Bernardo do Campo, mas sim uma doença autoimune.
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde voltou atrás na recomendação e afirmou que a suspensão foi feita como uma medida cautelar.
“A mensagem chave é essa. O Ministério suspendeu de forma cautelar a vacinação de adolescentes sem comorbidades, passou uma semana investigando as causas que fizeram com que se adotasse essa estratégia de suspensão, e entendeu-se que podemos sim retomar a imunização dos adolescentes”, frisou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
LUSA/HN
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