Desconfinamento avança em 01 de outubro mesmo sem 85% de vacinação completa

28 de Setembro 2021

A próxima fase do processo de desconfinamento anunciada pelo Governo vai avançar no dia 01 de outubro, mesmo que ainda não tenha sido oficialmente atingida a meta de 85% da população com a vacinação completa contra a Covid-19.

A garantia foi hoje dada pela ministra da Saúde, Marta Temido, que admitiu alguma lentidão do plano de vacinação nesta reta final, apesar de salientar que a atual taxa de cobertura vacinal da população, que se cifra em 84,03%, não é impeditiva da continuidade do processo decidido no último Conselho de Ministros.

“Por uma questão de previsibilidade, e estando nós muito perto dos 85 por cento, iríamos dar nota das regras que todos vamos passar a cumprir a partir de 01 (de outubro) e planear a sua adoção a partir do dia 01. Sabemos que atingir os 85 por cento poderá acontecer alguns dias depois, poderá ainda acontecer nas vésperas do dia 01 de outubro, mas o mais importante é que esta é uma data a partir da qual mudamos algumas regras”, frisou.

Questionada pelos jornalistas à saída de uma reunião na sede da ‘task force’, no Comando Conjunto das Operações Militares, em Oeiras, a governante vincou que “esta parte final era a mais difícil de atingir” e que tem havido “circunstâncias exógenas” a ditar “alguma resistência nestes últimos dias” na campanha de vacinação.

“Se não for no dia 01 de outubro será na primeira semana de outubro. O que é importante é que, de facto, mesmo quando atingirmos os 85%, não desistirmos de continuar a vacinar e com isso podem contar connosco para continuar a fazer”, reiterou, no dia em que o coordenador da ‘task force’, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, oficializou o fim da sua missão à frente da planificação da logística de vacinação no contexto da pandemia.

O processo segue agora para uma fase de transição em que se irão sobrepor a vacinação da gripe e a administração da eventual terceira dose da vacina contra a Covid-19. Esta fase estará sob alçada de um núcleo de coordenação liderado pelo coronel Penha Gonçalves – com uma equipa mais reduzida, de outros sete elementos dos três ramos das Forças Armadas -, em articulação com a Direção-Geral da Saúde e Ministério da Saúde.

LUSA/HN

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