Presidente angolano anuncia “investimento colossal” na saúde e construção de seis novos hospitais em 2022

16 de Outubro 2021

O Presidente angolano, João Lourenço, anunciou na sexta-feira que o executivo está a fazer um “investimento colossal” na área da saúde e que serão iniciadas as obras de seis novos hospitais em 2022.

João Lourenço, que se dirigia à Nação no discurso que marcou ontem a abertura do ano parlamentar, salientou que nos últimos quatro anos foram feitos investimentos importantes no setor da Saúde, prevendo iniciar no próximo ano as obras de construção dos hospitais de Viana, Cacuaco, Cunene, Ndlantando, Sumbe e Caxito, cada um deles com pelo menos 200 camas.

“Hoje, mais do que nunca, estamos a reforçar os cuidados primários de saúde e a aumentar o acesso da população aos médicos de família nos municípios” disse ainda o chefe do governo angolano, acrescentando que estão a ser mobilizados recursos financeiros de linhas de crédito, para a construção dos hospitais da Catumbela, Bailundo, Dundo, Malange, Uíge, a reabilitação e ampliação do Hospital Américo Boavida e a conclusão do Hospital Geral de Mbanza Congo.

“Com este investimento colossal em infraestruturas de saúde a este nível central e provincial que poderá ficar concluído entre 2023/2024, nossa perspetiva é passar para a fase seguinte, investindo em unidades menores de proximidade, na rede de cuidados primários de saúde, no município e no bairro”, disse João Lourenço.

O presidente angolano destacou também o empenho do executivo no combate aos efeitos da seca, com vários projetos em curso, incluindo as barragens do N´Due e Caluqueve na bacia do rio Cuvelai, cuja conclusão no prazo de 2 anos “resolverá em termos muito significativos o problema da falta de água no Cunene”

João Lourenço assinalou que, além da pandemia da Covid-19, as calamidades naturais que assolaram o país agravaram o nível de vulnerabilidade das populações, com destaque para o fenómeno da seca na região sul do país, com maior incidência nas províncias do Cunene, Namibe, Huíla e Cuando Cubango.

O executivo acudiu “de maneira emergencial à situação da seca no sul de Angola com um apoio em bens alimentares de cerca de 2.120 toneladas que beneficiaram a mais de 778.867 famílias”, enunciou.

A estiagem registada entre os meses de setembro de 2020 e fevereiro de 2021 afetou as culturas e causou a morte de animais, principalmente na região Centro e Sul do País, estimando-se que tenha afetado de forma direta cerca de 945.244 famílias camponesas.

João Lourenço falou também sobre os programas que o executivo tem desenvolvido para reduzir a pobreza, como o Kwenda, cuja execução permitiu até agora o registo de 414.285 agregados familiares do total de 1.608.000 famílias, que recebem uma renda trimestral de 25.500 Kwanzas por família (36 euros).

LUSA/HN

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