As pessoas na Estónia não podem mais usar resultados de testes negativos do novo coronavírus para obter o certificado digital, necessário para participar em eventos desportivos, exibições de filmes, reuniões públicas em espaços fechados e outras atividades.
As autoridades disseram que a regra, juntamente com a exigência de utilização de máscara em locais públicos fechados, permanecerá em vigor até 10 de janeiro.
Não ficou claro porque o Governo Estónia desqualificou os resultados de testes negativos no processo de certificação digital, embora as preocupações sobre a confiabilidade de alguns testes possam ser um dos fatores.
A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, disse que entre as pessoas que morreram com a Covid-19 na nação báltica, há cinco vezes mais pessoas não vacinadas do que pessoas que foram vacinadas.
Kallas não especificou o período analisado para chegar a estas afirmações.
A Estónia registou hoje 1.787 novos casos diários, um número equivalente ao pico da pandemia em março.
No domingo, a taxa de infeção pelo novo coronavírus em 14 dias no país era de cerca de 1.311 por 100.000 habitantes, uma das mais altas da Europa, disse a emissora estoniana ERR.
Os outros dois países bálticos, Letónia e Lituânia, também estão a observar o agravamento da situação de contágio do novo coronavírus.
Na semana passada, a Letónia entrou em confinamento de quase um mês que inclui recolher noturno e o encerramento de todo o comércio, exceto aquelas que vendem produtos essenciais. O país tem uma das taxas de vacinação mais baixas da União Europeia (UE).
A Letónia registou 887 novos casos e 21 mortes em 24 horas, disse hoje o Baltic News Service, citando estatísticas oficiais.
A Lituânia, o país mais meridional do Báltico, registou 1.810 novos casos diários e 25 mortes, de acordo com a agência de notícias local. A taxa de infeção em 14 dias subiu para 1.314 por 100 mil pessoas.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.941.032 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,27 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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