Congresso vai reunir mais de 30 simuladores para médicos testarem cirurgias inovadoras

26 de Outubro 2021

A Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva (SPCMIN) realiza na sexta-feira e sábado em Peniche um congresso internacional que contará com 30 simuladores para que os médicos participantes possam testar cirurgias ainda inéditas ou pouco frequentes em Portugal. 

O presidente da SPCMIN, Hélder Ferreira, disse à Lusa que esta será “a primeira vez que um evento científico português reúne no mesmo local tantos simuladores médicos”, com recurso a “equipamento de ponta” cedido por universidades, hospitais e empresas do setor.

Os cerca de 400 médicos e enfermeiros inscritos no certame vão poder simular cirurgias como transplantes do útero e gastrectomia por via esofágica, diagnóstico com recurso a Inteligência Artificial e cirurgia robótica.

“Vai ser o maior encontro científico pós-pandemia na área da cirurgia minimamente invasiva e dará a conhecer aos profissionais presentes – não só de Portugal, mas também de outros países – o que hoje há de mais inovador a nível mundial nas diferentes disciplinas desse tipo de operação médica”, disse Hélder Ferreira, adiantando que entre os oradores estarão “referências mundiais como o norte-americano Andrew Gumbs, o indiano Shailesh Puntambekar e o espanhol David Martinez Aras”.

Andrew Gumbs é especialista em cirurgia minimamente invasiva ao fígado, pâncreas e vesícula biliar, Shailesh Puntambekar foi o primeiro médico da India a realizar uma cirurgia robótica oncológica e David Martinez Aras foi o precursor do uso da manga endoscópica para redução de estômago sem necessidade de bypass bariátrico, o que reduz significativamente o período de internamento pós-cirúrgico.

Como o evento reunirá mais de 400 participantes em Peniche, que é considerada uma das mecas nacionais do Surf, o congresso também irá promover um simpósio específico sobre tratamentos minimamente invasivos a lesões resultantes da prática dessa modalidade desportiva.

“Vamos analisar as duas faces da questão. Por um lado, teremos, por exemplo, o surfista Alex Botelho a contar-nos a sua experiência de recuperação após um acidente que o deixou seis minutos no mar sem oxigénio, sob o risco de registar lesões cerebrais permanentes. Por outro, teremos também a vertente clínica, com especialistas como o médico holandês Ingvar Berg a ensinar-nos formas de prevenir a artroscopia do joelho e outras doenças motivadas pela prática prolongada de surf”, disse Hélder Ferreira.

LUSA/HN

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