“Desde ontem [quinta-feira], encetamos contactos com a direção destes sindicatos. O ministro do Trabalho e Assuntos Sociais e o ministro das Finanças têm estado em conversações e isso vai continuar, e vamos ver como encontrar pequenas soluções e paulatinamente como resolvermos os problemas e ultrapassarmos o que for possível”, disse Jorge Bom Jesus.
O pré-aviso de greve foi aprovado “unanimemente” durante uma assembleia-geral realizada entre os profissionais de saúde pertencentes aos sindicatos dos médicos, técnicos, enfermeiros e parteiras, e dos serviços gerais da saúde.
“É um direito que assiste aos cidadãos e as várias corporações no sentido de reivindicarem e, em alguns casos com alguma legitimidade”, afirmou o chefe do Governo, Jorge Bom Jesus.
Os profissionais da saúde exigem credibilidade ao Governo na resolução das principais “reivindicações de sempre” que a classe tem apresentado, tendo citado a degradação das “condições de trabalho”, a “falta de medicamentos e consumíveis” e os problemas no fornecimento energético hospitalar.
“Deem-nos essas mínimas condições para a gente trabalhar com dignidade”, apelou a porta-voz dos sindicatos, Benvinda Vera Cruz, salientando que a falta de condições “já começa a stressar” os profissionais da saúde, que acabam por ser considerados “os culpados” e “crucificados por tudo” de mal que o sistema apresenta.
Jorge Bom Jesus considerou que “nesta fase marcada pela pandemia há muita demanda, mas a capacidade de resposta, sobretudo em termos financeiros”, não permite ao Governo “resolver tudo ao mesmo tempo”, tendo defendido que “o diálogo tem que prevalecer.”
Os sindicatos dos profissionais de saúde são-tomense anunciaram ontem que perderam a confiança no Governo e vão avançar com uma greve no dia 22 de novembro para exigir “condições mínimas de trabalho” e garantia de medicamentos e consumíveis para o sistema.
LUSA/HN
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