A apresentação da pós-graduação aconteceu hoje, em Lisboa, e, em comunicado, o gabinete da ministra de Estado e da Presidência sublinhou que o curso “assenta num modelo mais ajustado às necessidades de qualificação de profissionais sobre estas matérias, tendo também em vista a produção de conhecimento”.
“A iniciativa vem relevar o empenho do governo em envolver todos os setores no combate à MGF, uma grave violação dos direitos humanos das meninas e mulheres”, sublinhou o gabinete de Mariana Vieira da Silva, destacando que a apresentação acontece no dia em que se assinala internacionalmente os Direitos Humanos.
O curso de pós-graduação sobre MGF está inserido no projeto do governo ‘Práticas Saudáveis: Fim à Mutilação Genital’, “um programa enquadrador da intervenção feita em Portugal nesta área e que foi pioneiro ao ancorar a prevenção da MGF nas estruturas de saúde mais próximas da população afetada por esta prática”.
“Lançado em 2018, o projeto é coordenado em parceria pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), contando hoje com uma equipa estruturada e qualificada de profissionais nos Agrupamentos de Centros de Saúde que o integram (Almada-Seixal, Amadora, Arco Ribeirinho, Loures-Odivelas, Sintra, Cascais, Estuário do Tejo, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, e Lisboa Norte)”, lê-se no comunicado.
Citada no comunicado, a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, defendeu como “fundamental” a formação dos diferentes profissionais, sublinhando que “o conhecimento aprofundado sobre os problemas e a intervenção eficaz andam sempre de braço dado” e que, por isso, estas pessoas poderão fazer a diferença na prevenção e deteção de casos de MGF.
Por outro lado, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, frisou que “o papel dos profissionais de saúde é imprescindível para acabar com a dor e sofrimento de quem sofre de MGF” e que “são essenciais para a prestação de cuidados de saúde a vítimas de atos violentos, centrados numa perspetiva reparadora das lesões causadas, quer do ponto de vista físico, quer do ponto de vista emocional”.
LUSA/HN
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