O alerta foi deixado na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia da Covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.
Segundo a OMS, a vacinação, por si só, não vai evitar a propagação da nova estirpe, pelo que há que manter as medidas sanitárias e sociais, como o uso de máscaras, o distanciamento físico, a higienização das mãos e a ventilação dos espaços fechados.
Atualmente, 77 países confirmaram a circulação da nova estirpe.
“A Ómicron está a propagar-se a um ritmo nunca antes visto com outra variante”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, assinalando que, na verdade, a nova estirpe “já se encontra provavelmente na maior parte dos países, mesmo que não tenha sido ainda detetada”.
Tedros Adhanom Ghebreyesus advertiu para o risco do aumento dos contágios fazer colapsar novamente os serviços de saúde menos capacitados e para o exacerbar das desigualdades da vacinação e do “nacionalismo das vacinas” com as doses de reforço.
“Não temos provas da eficácia das doses de reforço contra esta variante”, afirmou, apontando que “a prioridade é vacinar os não vacinados, proteger os menos protegidos” para poder “salvar vidas” em todo o mundo.
“Temos de atuar agora”, enfatizou, por sua vez, o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, reforçando que, apesar de causar sintomas ligeiros, a Ómicron é uma “variante muito contagiosa, de propagação muito rápida”.
LUSA/HN
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