“Estamos, neste mês de dezembro numa média de 80 doentes por dia suspeitos, com picos a chegar aos 120 por dia. Isso já não era comportável na área em que nós estávamos e, portanto, é com naturalidade que adaptámos a nossa função em termos do plano de contingência do Serviço de Urgência”, afirmou, em declarações à Lusa, o Diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva, Nelson Pereira.
De acordo com aquele responsável, nas últimas semanas tem-se assistido a um aumento “paulatino”, mas “progressivo” do número de doentes com queixas respiratórias no Serviço de Urgência.
Nos últimos dias, acrescentou, “esse incremento tornou-se ainda mais significativo”, ao ponto de a área do hospital dedicada aos doentes suspeitos “já não ser suficiente”.
Esta situação levou à tomada de decisão de reabrir a área de contentores instalada no recinto do Hospital do São João desde março de 2020 para dar resposta às necessidades decorrentes da pandemia de Covid-19.
Desde julho, altura em que Portugal enfrentava a quarta vaga da pandemia, que esta área não estava a ser utilizada, indicou Nelson Pereira.
À Lusa, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva garantiu que, nesta fase, os profissionais que estão a ser alocados para esta área integram a equipa interna do Serviço de Urgência, por forma a não colocar em causa a atividade não Covid do Hospital de São João.
LUSA/HN
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