Dois feridos do incêndio no Hospital São João estão estavéis e em enfermaria

21 de Dezembro 2021

Dois dos quatro feridos do incêndio que deflagrou no Hospital São João, no Porto, encontram-se “estáveis” e internados em enfermaria, permanecendo os restantes em "estado grave" e internados na unidade de queimados, adiantou esta terça-feira fonte do hospital.

No domingo, um incêndio deflagrou pelas 17:40 no piso 9 do Hospital de São João, onde está o serviço de pneumologia, causando um morto e quatro feridos graves.

Fonte do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) revelou à Lusa que dois dos quatro feridos encontram-se já “estáveis” e internados em enfermaria.

Os outros dois feridos permanecem em “estado grave” e internados na unidade de queimados, acrescentou.

Na sequência do incêndio, o Conselho de Administração do CHUSJ apresentou na segunda-feira à tarde o pedido de demissão, considerando ter de existir “um sentido ético no exercício das responsabilidades públicas que não deve ser esquecido”.

Horas mais tarde e depois de se ter deslocado ao hospital, a ministra da Saúde, Marta Temido, recusou o pedido de demissão, dizendo, em comunicado, manter “total confiança no trabalho desenvolvido” por aquele órgão e pela “capacidade de congregar esforços para prestar os melhores cuidados”.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou já um inquérito para apurar as responsabilidades no incêndio, referindo que o processo de inquérito ao Centro Hospitalar Universitário de São João vai ser conduzido por dois inspetores do Núcleo Regional do Norte.

A Polícia Judiciaria (PJ) também está a investigar o incêndio.

“A PJ foi chamada a investigar as circunstâncias” do incêndio que, pelas 17:40 de domingo, atingiu o piso 9 do Hospital de São João, onde está o serviço de Pneumologia, e que obrigou à retirada de doentes, referiu fonte daquela polícia à Lusa.

Vários órgãos de comunicação social noticiam que o incêndio foi provocado por um doente que acendeu um cigarro ou um isqueiro no quarto, quando se encontrava a receber oxigénio.

Em comunicado divulgado no domingo, o CHUSJ disse que o incêndio, “de elevada complexidade”, foi dado como extinto às 19:00 e deu conta da existência de “uma vítima mortal a lamentar, [de] quatro feridos graves” e de “cinco profissionais afetados”, que receberam assistência no serviço de urgência.

“As causas do incêndio estão a ser apuradas e será aberto um processo de averiguações interno”, referiu o CHUSJ, acrescentando que “o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados, possibilitando a deslocação dos doentes e dos profissionais, bem como o combate ao incêndio pelas equipas internas e pelas corporações de bombeiros”.

O CHUSJ sublinhou ainda ter prestado informação e apoio psicológico “às famílias das vítimas e aos profissionais”, e apresentou “os mais sentidos pêsames à família da vítima mortal”.

Uma nota publicada na noite de domingo na página oficial da Presidência da República refere que Marcelo Rebelo de Sousa contactou o presidente da administração do Hospital de São João, na sequência do incêndio, exprimindo solidariedade com todos os envolvidos.

“O Presidente da República falou esta noite com o Prof. Doutor Fernando Araújo, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, para se inteirar do incêndio desta tarde, que causou quatro vítimas, uma das quais entretanto falecida, e exprimir solidariedade com todos os afetados e respetivas famílias, mas também com os profissionais daquela unidade de saúde”, referia o comunicado.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Portugal tem101 médicos especializados em cuidados a idosos

Portugal conta com 101 médicos geriatras especializados em cuidados a idosos, segundo a Ordem dos Médicos, uma especialidade médica criada no país há dez anos mas cada vez com maior procura devido ao envelhecimento da população.

Mudanças de comportamento nos idosos podem indiciar patologias

Mudanças de comportamento em idosos, como isolar-se ou não querer comer, são sinais a que as famílias devem estar atentas porque podem indiciar patologias cujo desenvolvimento pode ser contrariado, alertam médicos geriatras.

MAIS LIDAS

Share This