Ainda segundo o levantamento, 18% são contra a exigência do certificado e 1% não soube responder.
Segundo o Datafolha, as mulheres são a parcela da população mais favorável à medida (87%), assim como pessoas com mais de 60 anos (87%), com o ensino básico completo (86%) e que ganham até dois salários mínimos (85%, sendo que o salário mínimo no Brasil é de cerca de 192 euros).
Já os grupos com maior rejeição à obrigatoriedade da vacina para entrar em lugares fechados são homens (24%), cidadãos entre os 25 e 34 anos (22%) e que ganham mais de dez salários mínimos (28%).
Em relação à ocupação profissional, as domésticas são as mais favoráveis (90%) e os empresários (60%) a categoria em que o apoio é menor.
A sondagem foi realizada por telefone nos dias 12 e 13 de janeiro, com 2.023 pessoas com mais de 16 anos em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais em ambos os sentidos.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que alega não ter se vacinado contra a Covid-19, é contra a exigência do certificado de vacinação, já adotado em diversas regiões do país.
No início do mês, o Estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil com 46 milhões de habitantes e o mais afetado pela pandemia, publicou um decreto que obriga os seus 570 mil funcionários a apresentarem o comprovativo de imunização.
No plano privado, algumas empresas brasileiras já exigem o certificado de vacinação aos seus funcionários como condição para a manutenção do contrato e até demitiram sem pagar indemnização a quem recusou a vacina.
O Governo de Bolsonaro chegou a publicar um decreto a proibir as empresas privadas de exigirem o comprovativo de vacinação dos seus empregados, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou o decreto e autorizou a exigência do certificado e a demissão de quem não o apresentasse.
Apesar da posição do chefe de Estado, o executivo brasileiro exige a apresentação do certificado de vacinação contra a Covid-19, assim como um teste negativo à doença, para a entrada de viajantes no país por via aérea.
Num momento em que a presença da nova variante Ómicron se intensifica no Brasil, a sondagem do Datafolha indicou ainda que se deu um aumento na quantidade de pessoas preocupadas com o atual cenário da pandemia: apenas cerca de 4% dos entrevistados acreditam que a pandemia esteja totalmente controlada.
Já a quantidade de pessoas que sentem a situação pandémica “fora de controlo” é 45% e outros 48% consideram que está parcialmente controlada.
LUSA/HN
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