O anúncio surge depois de a câmara ter confirmado, junto das autoridades de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo, que o coordenador do centro de saúde do concelho vai deixar o cargo e o município e que “já decorreram os dois concursos previstos para a colocação de médicos em Azambuja, mas aos quais nenhum médico se candidatou, mantendo-se as vagas abertas por preencher”, segundo um comunicado divulgado ontem pela autarquia.
“Constata-se, assim, que o problema da falta de médicos de família, além de não ter melhorado, até se agravou”, lê-se no mesmo comunicado, que tem como título: “Município de Azambuja solidário com a população face à insustentável falta de médicos de família no concelho”.
“Uma vez mais, a autarquia transmitiu aos responsáveis da ARS [Administração Regional de Saúde] o seu desagrado pela situação e insistiu na sua profunda preocupação face ao sucessivo atraso nas soluções para minimizar o problema”, segundo o mesmo comunicado, que se refere a uma reunião do presidente da autarquia, Silvino Lúcio (PS), com as autoridades de saúde.
A Câmara da Azambuja acrescentou que, “pela sua parte”, está empenhada “em contribuir para essas soluções e já está a trabalhar na criação de um regulamento de apoio à fixação de médicos no concelho, que se pretende que entre em vigor o mais rapidamente possível”.
“O documento definirá um conjunto de incentivos com os quais se pretende atrair mais profissionais e reverter a gritante falta de médicos de família que nos afeta”, acrescentou.
Em 24 de novembro passado, a tutela comprometeu-se a fazer “todos os esforços” para melhorar as condições de atendimento no centro de Saúde de Azambuja e para reforçar o número de médicos de famílias, segundo disse à agência Lusa naquele dia a comissão de utentes.
As garantias foram então dadas pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) ao movimento cívico “Pela Saúde em Azambuja”, que tinha solicitado uma reunião com o conselho diretivo daquela entidade para reivindicar mais médicos de família para o concelho e para exigir melhores condições de atendimento.
Uma das principais queixas dos utentes do concelho de Azambuja é a falta de médicos de família.
“Foi-nos dito que não há médicos e que será difícil que queiram fixar-se em Azambuja. O senhor presidente da ARS [Luís Pisco] disse que seria aberto um concurso já em janeiro e outro em junho. Para o imediato falaram na possibilidade de se encontrar médicos através das agências”, disse à Lusa, no mesmo dia, o porta-voz do movimento cívico “Pela Saúde em Azambuja”, Armando Martins.
LUSA/HN
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