O presidente do Conselho Diretivo Regional da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Soares, adiantou à agência Lusa que o memorando corresponde “ao solicitado pelo secretário da Saúde” na sequência de “uma reunião decorrida a 07 de janeiro, com a Ordem e os sindicatos”.
Nessa reunião, disse, ficou “o compromisso de estas entidades fazerem chegar à tutela a identificação das situações concretas que carecem de resolução”.
“Posteriormente, a 19 de janeiro, a Ordem promoveu um encontro entre os sindicatos, no sentido de motivar uma discussão salutar sobre os temas que ainda carecem de correção, bem como alcançar um entendimento quanto ao memorando agora apresentado à tutela”, acrescentou.
No memorando, e segundo Pedro Soares, estão “incluídas todas as situações das quais tem conhecimento, colocando em evidência as consequências práticas no terreno caso as mesmas não sejam corrigidas”.
No documento, a Ordem dos Enfermeiros sinaliza pontos concretos a resolver com “urgência”, com destaque para “o reposicionamento dos Enfermeiros Especialistas no escalão superior, a correção da injustiça denominada “Bónus Cesar”, a situação dos Enfermeiros Especialistas sem categoria, a penosidade da profissão, bem como a contagem do tempo de serviço efetivo exercido”, lê-se numa nota enviada hoje às redações.
“Julgo que, dada a abertura por parte da tutela para o diálogo e para a clarificação destes assuntos, estaremos finalmente no caminho da sua resolução efetiva. Aliás, não resolver estes temas seria deixar incompleta a luta pela justiça para uma classe que tanto merece. O tempo é também de cuidar dos enfermeiros, é o justo, é o merecido”, sublinha Pedro Soares, citado na nota.
Em declarações à Lusa o presidente da Ordem dos Enfermeiros nos Açores explicou que o chamado “Bónus Cesar” é “uma lei de relevância de tempo, de 2008″, quando na região foi feita uma lei para a recuperação do tempo congelado na Função Pública”, mas “esqueceram-se que a enfermagem é uma carreira especial” e essa situação “originou a perda de recuperação de tempo serviço a 150 enfermeiros”.
“Há 150 enfermeiros que são ultrapassados por colegas mais novos”, apontou Pedro Soares.
Na missiva enviada à Secretaria Regional da Saúde e Desporto a Ordem reitera a sua disponibilidade para “participar em futuras reuniões conjuntas que permitam aprofundar estas e outras questões fundamentais para a valorização e dignificação da profissão”.
LUSA/HN
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