Hospital de Ponta Delgada alvo de obras orçadas em 3 ME a partir de setembro

10 de Fevereiro 2022

O Hospital do Divino Espírito Santo, nos Açores, vai ser alvo de obras de ampliação no valor de três milhões de euros, a partir de setembro, disse à Lusa o secretário regional da Saúde, Clélio Meneses.

O titular da pasta da Saúde referiu que uma primeira fase compreende a cirurgia de ambulatório, estando o projeto “em fase final de execução, com um prazo de 12 meses”, sendo em setembro lançada a obra, no valor de 1,5 milhões de euros.

Segue-se uma intervenção no quinto piso do hospital, projeto que “está em fase de aprovação para também se começar a obra, no valor de um milhão de euros, e com um prazo de execução de seis meses”, declarou Clélio Meneses.

O governante adiantou que a terceira fase compreende a ampliação da urgência e da unidade de cuidados intensivos, sendo que “o programa preliminar já está concluído para se avançar com a fase de elaboração do projeto, no valor de 500 mil euros”.

Clélio Meneses considerou este um “conjunto de intervenções que é necessário no sentido de intervir de fundo relativamente a algumas das áreas do hospital tendo em conta o tempo que passou, a par da adequação às novas exigências”.

“Houve aqui algum desleixo na manutenção e um conjunto de intervenções que eram emergentes não foram feitas, mas agora vamos avançar com uma intervenção robusta no hospital, pretendendo dar dignidade a um serviço com esta relevância para quem o procura mas também para quem trabalha nele”, declarou Clélio Meneses.

Também em declarações à Lusa, a presidente do Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo, Cristina Fraga, especificou que a ampliação do hospital contempla a cirurgia em ambulatório para “aumentar a produção, uma vez que, com as novas técnicas atuais, muitos procedimentos cirúrgicos podem ser realizados sem internamento”.

A outra área que vai ser ampliada, que “já é crónica, é o serviço de urgência”, que está “subdimensionado para as necessidades atuais”.

Os cuidados intensivos “agregarão a parte dos adultos, da neonatologia e de cuidados intermédios pediátricos”, segundo a responsável.

A gestora salvaguarda que se as obras “fossem efetuadas de uma forma mais precoce com estes projetos de intervenção e ampliação não se estaria na situação atual”.

Cristina Fraga refere que as obras de ampliação e manutenção são “uma projeção para os próximos vinte anos”, sendo “toda a base de fundamentação essa”.

A presidente considera este um “projeto prioritário” e refere que “quem recorre às urgências tem essa plena noção”, salvaguardando que “isto já foi algo solicitado às anteriores tutelas” do Hospital do Divino Espírito Santo, mas “este Conselho de Administração não foi ignorado”.

A responsável, apesar das dificuldades com que é confrontado o hospital de Ponta Delgada, refere que este encontra-se numa “posição notável, uma vez que a nível nacional sabe-se que foram realizados procedimentos cirúrgicos para níveis superiores ao período pré-pandemia, mas não se conseguiu reduzir as listas de espera”.

“Nós conseguimos em contexto de pandemia, de ataque informático, bater os recordes nos procedimentos, e ter essa tradução na redução da lista de espera. A nível nacional não se conseguiu ter essa evidência”, refere a gestora, que aponta como motivo ter-se “maximizado os recursos” existentes, a par do recurso a prestações de serviços externos.

LUSA/HN

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