“Após o início desta pandemia, nos últimos dois anos, todos nós vimos o impacto que a covid-19 teve na vida dos cidadãos. Creio que dizer que virámos a esquina, com as muitas voltas e reviravoltas desta pandemia, não é uma expressão que eu pelo menos usaria, mas estamos sim a […] assistir, nas últimas sete a oito semanas, à estabilização do número de casos, de hospitalizações e de mortalidade”, afirmou Stella Kyriakides.
Falando em conferência de imprensa após uma reunião conjunta de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Saúde da UE em Lyon, França, a comissária europeia da tutela sanitária vincou que “há provas claras de que as vacinas funcionam e é por isso que existem menos hospitalizações e menos mortalidade, quando se verifica que alguns Estados-membros já atingiram o pico com a [variante] Ómicron”.
“No entanto, nunca direi nunca com esta pandemia, pelo que temos de continuar a ser cautelosos, temos de continuar a olhar para a situação epidemiológica de cada Estado-membro e temos de continuar a encorajar os cidadãos a serem vacinados, porque sabemos que as vacinas aprovadas são seguras e eficazes”, vincou.
“Para o que está por vir, estaremos preparados”, adiantou Stella Kyriakides.
A posição surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, principalmente devido à elevada transmissibilidade da variante Ómicron, mas também de elevada cobertura vacinal.
Dados divulgados no ‘site’ do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) sobre vacinação revelam que, na União Europeia, 70,7% da população total terminou o curso primário de vacinação (com duas doses ou dose única), o equivalente a 316 milhões de pessoas.
Ainda segundo os dados do centro europeu, que têm por base as notificações dos Estados-membros, cerca de 210 milhões de doses de reforço foram já administradas no espaço comunitário, abrangendo 46,9% da população total da UE.
LUSA/HN
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