Polícia envia questionário a Boris Johnson sobre festas em Downing Street

12 de Fevereiro 2022

A polícia de Londres enviou um questionário ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no âmbito da investigação das festas que decorreram em Downing Street entre 2020 e 2021, violando as restrições impostas face à Covid-19, foi divulgado na sexta-feira.

“Podemos confirmar que o primeiro-ministro recebeu um questionário da polícia de Londres. Ele responderá conforme seja apropriado”, revelou o porta-voz de Downing Street, o gabinete oficial do chefe do governo britânico.

A polícia de Londres já tinha divulgado na quarta-feira que vai interrogar, por questionário, mais de 50 pessoas sobre as festas que decorreram em Downing Street entre 2020 e 2021.

Poucas horas antes, os ‘media’ britânicos tinham divulgado uma nova foto de Boris Johnson num desses eventos, com duas outras pessoas.

Conforme anunciou a Scotland Yard, em comunicado, os contactos serão feitos, sobretudo, por e-mail, devendo os visados explicar a sua participação nos eventos ocorridos entre 20 de maio de 2020 e 16 de abril de 2021.

A polícia não divulgou quem são as pessoas que vão ser interrogadas.

No âmbito desta operação, os investigadores estão também a analisar mais de 500 documentos e 300 imagens.

A Scotland Yard avançou ainda que, nos próximos dias, mais pessoas podem ser contactadas, caso se justifique.

No entanto, ressalvou que apesar de serem contactadas, estas pessoas só serão alvo de coimas se a investigação determinar que as regras relativas à Covid-19 foram quebradas, “sem uma justificação razoável”.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, terá participado em, pelo menos, um desses eventos.

Em 03 de fevereiro, quatro altos funcionários do governo do primeiro-ministro britânico renunciaram aos cargos, na sequência do caso das “festas” em Downing Street.

Depois do diretor de comunicação do governo, Jack Doyle, e da conselheira, Munira Mirza, terem pedido a demissão, o chefe de gabinete, Dan Rosenfield, e o secretário particular do Primeiro-ministro, Martin Reynolds, também abandonaram as suas funções.

Apesar das pressões, no final de janeiro, o primeiro-ministro recusou demitir-se devido à sua participação em ajuntamentos, prometendo “corrigir” os problemas.

“Primeiro, quero pedir desculpas. Lamento muito pelas coisas que simplesmente não fizemos bem e lamento muito pela forma como este assunto foi tratado”, disse, à data, numa declaração no Parlamento.

Porém, reconheceu, “não basta pedir desculpas”. “Este é um momento em que devemos olhar-nos no espelho e aprender”.

LUSA/HN

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