Utentes da Pontinha em Odivelas reivindicam mais médicos de família

29 de Março 2022

Os utentes da Pontinha, no concelho de Odivelas, reivindicam mais médicos de família para dar resposta a 10.800 pessoas e lançaram um abaixo-assinado que tem já 1.700 assinaturas.

Segundo disse à Lusa Duarte Martins, da Comissão de Utentes da Saúde da Pontinha, no distrito de Lisboa, o abaixo-assinado foi lançado em dezembro.

“A nossa reivindicação surge devido às dificuldades cada vez maiores para a população da Pontinha de aceder aos cuidados de saúde. É cada vez maior o número de pessoas sem médico de família e são empurrados para o centro de Saúde da Urmeira, onde dão consulta apenas três médicos de família”, explicou.

Atualmente, parte dos utentes da Pontinha, localidade que faz fronteira com o concelho de Lisboa, é servida pela Unidade de Saúde Familiar (USF) do Novo Mirante, localizada na freguesia de Carnide (Lisboa), e outra pela Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) do bairro da Urmeira.

Segundo números divulgados pela Comissão de Utentes, a USF do Novo Mirante dispõe de 10 médicos para servir 14.271 utentes, enquanto a UCSP da Urmeira tem três clínicos para atender 10.726 pessoas.

“No caso da Urmeira, estamos a falar de um centro de saúde que fica longe da vila [Pontinha] e que não tem condições para dar resposta a tanta gente. São 5.746 pessoas sem médico de família. Para conseguirem ter uma consulta, as pessoas têm de estar ao frio e à chuva”, alertou.

Para fazer face a estes problemas, além do reforço de médicos de família, a Comissão de Utentes defende a construção de uma unidade de saúde na vila da Pontinha e de uma unidade com melhores condições no bairro da Urmeira.

“As pessoas da Pontinha têm-se deslocado sem necessidade para a Urmeira e para Carnide”, apontou.

As assinaturas recolhidas pelos utentes vão ser entregues ao Governo, com conhecimento à Câmara Municipal de Odivelas e à União das Freguesias da Pontinha e Famões.

A Comissão de Utentes vai também realizar, no dia 07 de abril, uma “tribuna pública”, a partir das 17:00.

LUSA/HN

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