Iniciado em 2018, após uma investigação por parte de duas famílias que perderam os respetivos bebés, o inquérito incidiu sobre quase 1.600 incidentes entre 2000 e 2019, incluindo casos de nados mortos, morte neonatal, morte materna e outras complicações graves em mães e recém-nascidos.
O relatório final publicado hoje identificou 131 natimortos, 70 óbitos neonatais e nove óbitos maternos que poderiam ou teriam sido evitados com melhores cuidados, e criticou o hospital por não investigar os incidentes e culpar as mães.
O ministro da Saúde, Sajid Javid, disse que os casos descritos são “dolorosos e profundamente perturbadores” e referiu um caso em que os dados clínicos de uma paciente foram escritos em papéis ‘post it’ que acabaram por ser postos no lixo por empregados da limpeza, resultando em “consequências trágicas”.
Numa intervenção no Parlamento, Javid lamentou que “múltiplas ocasiões para resolver [os problemas] tenham sido ignoradas” e criticou as “falhas em termos de cuidados e compaixão”, pedindo desculpa às famílias afetadas.
“O relatório mostra claramente que foram negligenciadas por um serviço que era suposto ajudar(…). Vamos fazer as mudanças que o relatório diz serem necessárias tanto ao nível nacional como local”, prometeu.
LUSA/HN
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