Persistência de TDAH na idade adulta é sinal de risco para acidentes rodoviários

20 de Agosto 2020

Um novo estudo reporta que o risco de estar envolvido em acidentes de automóvel aumenta para os diagnosticados com distúrbio de défice de atenção/hiperatividade (TDAH). O estudo do Jornal da Academia Americana da Psiquiatria da Criança e do Adolescente (JAACAP, em inglês), publicado pela Elsevier, prestou especificamente atenção à percentagem de acidentes de carro por adulto, que é 1.45 vezes mais elevada naqueles com histórico de TDAH em criança, quando comparada com adultos sem histórico de TDAH.

Os autores também descobriram que crianças cujos sintomas de TDAH tenham decrescido em idade adulta não tem risco acrescido em acidentes rodoviários.

A autora principal Arunima Roy, mestre e doutorada, e investigadora no Royal’s Institute of Mental Health Research, na Universidade de Ottawa disse que, “a TDAH é um distúrbio comum do desenvolvimento neuronal. Entre cinco a 75% das crianças com TDAH pode transportar o distúrbio para a idade adulta. Pesquisa existente mostra que a TDAH está associada com mais violações do código da estrada, dos limites de velocidade, suspensões de carta e comportamentos de risco ao volante”.

“A probabilidade de comportamentos de risco ao volante aumenta com a persistência dos sintomas de TDAH na idade adulta. Pesquisa anterior do nosso grupo, bem como de outros, mostra que para além dos comportamentos ao volante, a persistência da TDAH na idade adulta pode afetar o funcionamento noutros domínios. Estes domínios podem incluir performance ocupacional, sucesso educacional, funcionamento emocional, uso de substâncias e envolvimento com a justiça”.

Estas descobertas foram baseadas no Estudo de Tratamento Multimodal de TDAH, um estudo efetuado em vários locais que envolve seis locais nos Estados Unidos e um no Canadá. O MTA é um dos maiores estudos sobre estratégias de tratamento para o TDAH e inclui um braço de seguimento que chega aos 16 anos.

Uma corte de 441 crianças co TDAH e 231 crianças comparáveis em sexo e idade sem TDAH, obtidas nas mesmas salas de aula, foram estudadas entre as idades de 7 e 25 anos de idade.

Os investigadores monitorizaram dados relativos a sintomas de TDAH, resultados derivados, e um número de comorbidades, tais como transtorno de desafiador opositivo, alterações de conduta, personalidade antissocial, e uso de substâncias durante a infância que foi transportado para a idade adulta.

Os investigadores descobriram que as taxas de completude da licenciatura eram comparáveis entre adultos com e sem historial de TDAH. Ainda assim, os dois grupos diferenciam-se em taxas de acidentes de viação quando chegam à idade adulta. Mais importante, adultos que continuam com sintomas de TDAH tiveram as taxas mais elevadas de envolvimento em acidentes rodoviários quando comparados com adultos sem histórico de TDAH (1.81 vezes mais elevadas). Por fim, as taxas de acidentes não diferem entre adultos cujos sintomas de TDAH remitiram e adultos que nunca tiveram sintomas de TDAH.

“Os médicos tem de estar conscientes dos efeitos a longo prazo da TDAH de infância na qualidade de vida quando atendem estes pacientes e tomar uma abordagem holística ao tratamento e gestão da condição”, concluiu o Dr. Roy.

NR/HN/João Daniel Ruas Marques

1 Comment

  1. João José Martins Tavates

    2 vezes, um chevette 1976
    2 vezes, um monza prata
    3 vezes, um monza vermelho
    4 vezes, um kadet
    2 vezes um versailles
    3 vezes uma fiorino
    01 vez um marea
    01 vez um fox
    será?

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