Brasil declara em “fase de extinção” a terceira vaga da pandemia

9 de Abril 2022

A terceira vaga da pandemia da Covid-19 no Brasil está "em fase de extinção", disse na sexta-feira a Fundação estatal Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde e ao principal centro de estudos médicos do país.

Segundo o Boletim do Observatório Fiocruz, divulgado na sexta-feira, tanto as taxas de incidência como as de mortalidade devido ao coronavírus continuam a cair drasticamente no Brasil, permitindo, pela primeira vez desde maio de 2020, que os 27 estados do país tenham taxas de mortalidade devido inferiores a 0,3 mortes por 100.000 habitantes.

“Os novos dados permitem-nos afirmar que a terceira vaga epidémica no Brasil, com predominância da variante Ómicron, está em fase de extinção”, concluiu o boletim, que destaca a redução gradual do número de casos graves, hospitalizações e mortes.

“Os cientistas advertem, contudo, que este cenário não significa o fim da pandemia, e que pode ser alterado no caso de surgirem novas variantes mais letais “, diz o boletim.

A conclusão surge como um alívio para o Brasil, que tem o segundo maior número de mortes por Covid-19 do mundo depois dos Estados Unidos, com mais de 661.000 vítimas, e o terceiro maior número de casos depois dos EUA e da Índia, com 30,1 milhões de infeções.

Apesar destes números elevados de mortes e infeções, o número médio de vítimas no Brasil na última semana caiu hoje para 149 por dia, o mais baixo em três meses.

Esta média está muito abaixo do número recorde de mortes diárias que o Brasil atingiu em 12 de abril do ano passado (3.124 mortes por dia), quando o país se encontrava no pico da segunda vaga.

O número médio de casos, que atingiu um recorde de 189.526 por dia em 03 de fevereiro devido à rápida propagação do Ómicron e no auge da terceira vaga da pandemia, caiu drasticamente nos últimos dois meses e na quinta-feira foi de 20.837 infeções por dia, o seu nível mais baixo desde 06 de Janeiro (15.670 casos por dia).

A queda acentuada de mortes e casos é atribuída ao progresso da campanha de vacinação no Brasil, onde 162 milhões de pessoas têm agora a vacinação completa, equivalente a 76% da população.

De acordo com a Fiocruz, a vacinação permitiu que a taxa de mortalidade de casos no Brasil, que em 2021 chegava a 3% dos infetados, se situasse atualmente em menos de 0,8%.

LUSA/HN

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