Dara Calleary, no cargo há apenas um mês, esteve na festa realizada na quinta-feira, num hotel, com muitas outras figuras políticas, como foi o caso do comissário europeu para o Comércio, Phil Hogan, de acordo com o jornal Irish Examiner.
O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, anunciou, em comunicado enviado hoje à imprensa, que aceitou a renúncia do seu ministro, referindo que a sua nomeação foi “um erro de julgamento”.
“Em todo o país, a população tem feito sacrifícios pessoais muito difíceis na vida familiar e nas atividades profissionais para cumprir as regras relacionadas com aCcovid-19”, lembrou o primeiro-ministro, sublinhando que “este evento não deveria ter acontecido desta forma, dadas as decisões anunciadas na terça-feira pelo Governo”.
As autoridades irlandesas decidiram na terça-feira alargar as restrições às reuniões de pessoas para fazer face a um aumento do número de infetados com o novo coronavírus que provoca a Covid-19.
De acordo com as novas regras, as reuniões em espaços fechados só podem juntar um máximo de seis pessoas (até terça-feira eram 50) e em espaços abertos um máximo de 15 (eram 200), com exceção de serviços religiosos, como missas ou casamentos.
De acordo com o Irish Examiner, durante o jantar do clube de golfe do parlamento, os convidados foram divididos em duas salas com menos de 50 pessoas, mas ficaram pelo menos 10 em cada mesa.
Além disso, a divisão entre as duas salas foi removida durante os discursos, segundo acrescentou o jornal Irish Times.
No sábado passado, a presidente da agência responsável pela promoção do turismo na Irlanda, Catherine Martin, demitiu-se depois de ser revelado que foi de férias para Itália, apesar dos apelos para que as viagens sejam feitas apenas dentro do país.
A Irlanda regista 1.776 mortes devido à Covid-19 e mais de 27 mil casos confirmados.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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