Numa conferência de imprensa realizada à frente do Hospital da Covilhã, o sindicalista José Carlos Martins explicou que a exigência diz respeitos aos enfermeiros que têm contrato individual de trabalho e àqueles que foram “reposicionados” na tabela remuneratória, ficando novamente na primeira posição, apesar de terem vários anos de serviço.
As declarações aos jornalistas foram realizadas após uma reunião do SEP com o conselho de administração do CHUCB.
José Carlos Martins adiantou que estão abrangidos cerca de 60% dos 480 enfermeiros que trabalham no CHUCB, sendo que cerca de 100 situações dizem respeito ao reposicionamento na carreira que “roubou” anos de serviço ao nível da progressão na carreira.
“Estamos a falar de colegas com mais de 20 anos de profissão e em que, em bom rigor, lhes ‘roubaram’ mais de 10 ou 11 anos de serviço para efeitos de progressão, o que os coloca numa situação de com 26 anos de carreira ganharem o mesmíssimo salário que um jovem enfermeiro, que acabou de entrar na profissão”, afirmou.
José Carlos Martins também adiantou que, durante a reunião realizada hoje, o CHUCB informou o sindicato de que vai manter a decisão de não contar os pontos, até que o Governo ou Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) deem indicações para o efeito.
Para o SEP, tal decisão é “totalmente inadmissível” e “discriminatória”, até porque já há decisões de tribunais que vão no sentido de que os pontos devem ser contabilizados e há outras unidades de saúde que estão a realizar essa contagem.
Entre os exemplos apontados pelo presidente do SEP estão as unidades locais de saúde da Guarda, do Minho, de Matosinhos e do Litoral Alentejano, entre outras.
Depois desta reunião, o SP vai realizar um plenário para definir formas de luta, mas José Carlos Martins admitiu a possibilidade de se avançar para a greve.
O CHUCB tem sede na Covilhã, distrito de Castelo Branco, e integra o Hospital Pêro da Covilhã e o Hospital do Fundão, abrangendo ainda a área do concelho de Belmonte.
LUSA/HN
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