Clélio Meneses referiu que existe uma “estratégia clara no sentido de reforçar os cuidados primários de prevenção e proximidade”, que “tem de ir muito para além das palavras” e traduzir-se no dia a dia dos cidadãos.
“Uma das grandes dificuldades que a sociedade dos nossos tempos tem é a distância entre os políticos e as pessoas, que decorre do facto de os cidadãos comuns sentirem que estes têm palavras de circunstância, literalmente. E isso só se combate com atos concretos que particularizem as palavras”, declarou Clélio Meneses.
O governante intervinha na sessão de abertura do oitavo Congresso Português de Medicina de Reprodução, que está a decorrer no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.
O titular da pasta da Saúde considerou que “cada vez menos a Saúde tem de assentar exclusivamente no binómio profissional Saúde-utente e cada vez mais na consciência de cada cidadão como agente efetivo de Saúde”.
Clélio Meneses apontou que se está a reforçar os cuidados primários de Saúde nos Açores, visando, com meios “eficazes e rápidos, diagnosticar-se de uma forma mais precoce e fazer-se com que, com menos custos, haja melhores respostas e se deixe os cuidados hospitalares para aquilo que verdadeiramente é hospital”.
“O que assistimos, com base no diagnóstico que temos feito, é que a Saúde ficou literalmente nas urgências a todos os níveis, acabando estas por ser cuidados primários, quando não podem ser”, frisou.
Clélio Meneses identificou que só na ilha de São Miguel existem 20.911 pessoas sem médico de família, o que se pretende combater contratando mais médicos, um processo que está em curso.
Pretende-se que, “com estas medidas, 97% da população da ilha de São Miguel fique com médico de família”.
LUSA/HN
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