“Esta medida é um alerta sanitário, mas não um alarme. O Chile tem um sistema de saúde capaz de investigar, diagnosticar, isolar e monitorizar”, realçou a ministra da Saúde, Begoña Yarza, em conferência de imprensa.
O alerta sanitário permite, entre outras coisas, ter mais ferramentas para lidar com a doença, como o estabelecimento de confinamento para os infetados, explicou a governante chilena.
Em 17 de junho, foi confirmado o primeiro caso num jovem adulto da região metropolitana da capital, Santiago do Chile, que estava há muito tempo na Europa e que apresentava manchas e crostas na pele.
A infeciologista do Ministério da Saúde chileno, Yasna Alaracón, lembrou ainda durante a conferência de imprensa que esta doença “não costuma ser uma infeção particularmente grave”, mas “é importante contê-la para que não se torne uma doença endémica típica” no Chile.
De acordo com as autoridades de saúde, a manifestação clínica da ‘Monkeypox’ é geralmente ligeira, com a maioria das pessoas infetadas a recuperar da doença em poucas semanas.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para erupção cutânea.
O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar aos 21 e, quando a crosta das erupções cutâneas cai, a pessoa infetada deixa de ser infeciosa.
De acordo com o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número total de infeções pelo vírus Monkeypox é de 3.300, registando-se em 40 países.
A OMS mantém o nível de risco como “moderado” perante o surto, visto que é a primeira vez que há fontes de contágio em países não endémicos e muito distantes entre si.
A organização com sede em Genebra liga o surto atual a contatos sexuais entre homens, embora em princípio não seja uma doença sexualmente transmissível, mas seja transmitida por contato físico próximo.
LUSA/HN
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