Cabo Verde prorroga situação de alerta por mais três meses

8 de Julho 2022

O Governo cabo-verdiano prorrogou quinta-feira por mais três meses a situação de alerta em todo o país, após avaliação à situação epidemiológica que “confirma um aumento do número de casos ativos” de Covid-19 no arquipélago.

“É renovada a situação de alerta em todo o país, com base na evolução da situação epidemiológica”, lê-se numa resolução do Conselho de Ministros, aprovada quinta-feira e consultada pela Lusa, a qual “entra imediatamente em vigor”, após análise efetuada pela Direção Nacional de Saúde, sendo válida por três meses.

Na resolução, o Governo aponta os “riscos de maior propagação” do vírus SARS-CoV-2 “inerentes ao contexto de retoma económica e social, que se caracteriza nomeadamente por uma intensa dinâmica de circulação de pessoas”.

“Volvidos 90 dias, entende o Governo que as razões de fundo que haviam levado a que se decretasse a situação de alerta em todo o território nacional ainda se mantêm, pelo que se justifica proceder à sua renovação e, bem assim, assegurar a manutenção das medidas de prevenção que ainda se impõem como necessárias e adequadas à presente conjuntura, de contenção da covid-19 e de promoção da saúde pública”, refere-se ainda.

Cabo Verde voltou em 06 de março à situação de alerta, o nível menos grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Proteção Civil -, mantendo atualmente um nível mínimo de restrições devido à pandemia de Covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara na via pública e, já no final de abril, também em espaços fechados, com exceção de hospitais, farmácias ou transportes públicos.

Em 06 de março, o país contava com um total de 12 casos de Covid-19 ativos e um acumulado de 55.895 infetados que provocaram 401 óbitos por complicações associadas à doença desde o início da pandemia, em março de 2020. Em 06 de julho, o balanço do Ministério da Saúde contabilizava 618 casos ativos e um acumulado de 61.264 infetados, com 407 óbitos.

Cabo Verde registou em 29 de maio a primeira morte por complicações associadas à Covid-19 em mais de três meses (a anterior foi em 22 de fevereiro), seguindo a tendência de aumento de novos casos de infeção.

O país atingiu um recorde diário de cerca de 1.400 novos infetados com o novo coronavírus num único dia em janeiro passado, já com a nova variante Ómicron a circular, chegando então a registar mais de 7.000 casos ativos, mas a situação melhorou rapidamente a partir da segunda semana de janeiro.

LUSA/HN

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