Apesar de também poder ocorrer no sexo masculino, a maioria dos cancros da mama surge nas mulheres. Se forem detetados atempadamente, o prognóstico e as perspetivas de sobrevivência melhoram. No entanto, existem casos em que a doença se dispersa para outros órgãos. Quando assim acontece, falamos de cancro da mama metastático. Embora não tenha cura, grande parte dos casos pode hoje ser tratada como doença crónica – os avanços na medicina promovem a longevidade e a qualidade da sobrevivência de quem recebe o diagnóstico.
O cancro da mama é metastático quando a doença passou do tumor primário (a mama) para outras partes do corpo, como os ossos, o fígado ou os pulmões. Nesta fase, já não falamos de cura e por isso a doença passa a ser crónica. À semelhança do que acontece com outras doenças crónicas como a diabetes ou a hipertensão, a pessoa terá de conviver com ela e será medicada de forma a controlara doença. O alargamento da sobrevivência e da qualidade de vida passam a ser a prioridade no tratamento – e isto é cada vez mais possível graças à evolução da ciência, particularmente avançada nesta área da oncologia.
Um diagnóstico de cancro de mama metastático pode ser avassalador. Tal como em tantos outros momentos importante, o apoio da família e dos amigos, no plano pessoal, e dos colegas de trabalho e superiores hierárquicos, no plano profissional, serão um importante pilar na forma como o sobrevivente vai enfrentar a doença.
No plano pessoal, é natural que surjam algumas inseguranças e dificuldades. Podem ser atenuadas pela família e pelos amigos. Por outro lado, no contexto laboral, a equipa também poderá colaborar, adaptando objetivos, horários ou funções. Assegurada esta rede de apoio, com fortes alicerces na vida pessoal e profissional, o sobrevivente poderá continuar a desempenhar o seu papel na sociedade de forma segura e confiante.
A manutenção de um estilo de vida saudável também é muito importante. Sempre que a doença o permita, o sobrevivente deverá fazer uma dieta equilibrada, praticar exercício físico e apostar em atividades que o estimulem cognitivamente.
O acesso a informação fidedigna é outro ponto-chave para uma convivência saudável com a doença. A partilha de conhecimento e de experiências podem facilitar o percurso de alguém que recebe o diagnóstico. A informação recolhida deve ser bem orientada e obtida junto de fontes credíveis, sejam profissionais de saúde, associações de doentes com cancro da mama ou portais devidamente revistos e validados. Temos, por exemplo, o guia “Eu e o Cancro da Mama”, disponível em www.eueocancrodamama.pt, que disponibiliza informação sobre diagnóstico, tratamento, emoções, saúde, relacionamentos ou trabalho.
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