Em comunicado, os bloquistas citam um inquérito realizado entre 2015 e 2019 pela Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto, em que participaram 81 açorianas, e que concluiu que “30% das mulheres afirmam terem sido vítimas de abuso, desrespeito ou discriminação durante o parto”.
“O BE considera que há falta de sensibilização para esta realidade nos Açores e defende que é necessário conhecer os dados para que se possa agir de forma proativa na prevenção e erradicação de situações de violência obstétrica”, lê-se na nota de imprensa.
O partido, que conta com dois deputados no parlamento açoriano, considera ainda que a violência obstétrica é uma “realidade pela qual muitas mulheres passam sem sequer a identificar como uma violação dos seus direitos”.
“O Bloco quer, por isso, saber qual o número de cesarianas, partos vaginais, episiotomias, manobras de ‘Kristeller’ e partos instrumentalizados realizados nos hospitais da região, por ano, desde 2020, em cada hospital dos Açores”, indicam os bloquistas.
No requerimento, o BE questiona também o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) sobre se têm existido medidas para a “prevenção e erradicação” da violência obstétrica e se estão a ser “implementados planos de nascimento nos hospitais da região”.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).
LUSA/HN
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